ATA DA OCTAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 09.10.96.
Aos nove dias
do mês de outubro do ano de mil novecentos e noventa e seis, reuniu-se, na Sala
de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às
quatorze horas e quinze minutos foi realizada a segunda chamada, sendo
respondida pelos Vers. Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella,
Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado, Edi
Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá,
Henrique Fontana, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, José
Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário
Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul
Carrion, Reginaldo Pujol e Wilton Araújo. Constatada a existência de “quorum”,
o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou que fossem
distribuídas em avulsos cópias da Ata da Septuagésima Sexta Sessão Ordinária,
que foi aprovada. À MESA foram encaminhados pelo Ver. Décio Schauren, 02
Pedidos de Providências; pelo Ver. Elói Guimarães, 02 Pedidos de Providências;
pelo Governo Municipal, 02 Projetos de Lei do Executivo nºs 54 e55/96 (Processos
nºs 2547 e 2548/96); pelo Ver. Henrique Fontana, 01 Subemenda nº 02 à Emenda nº 03 ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 28/94 (Processo nº 2698/94), 01 Requerimento que
solicita a retirada de tramitação da Subemenda nº 01 à Emenda nº 03 ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 28/94 (Processo nº 2698/94), 01
Requerimento que solicita a votação em destaque das Emendas nºs 8,15, 16, 30,
31, 32, 33, 34, 35, 36, 46, 47, 49, 56, 57 e 62, ao Projeto de Lei do Executivo
nº 28/94 (Processo nº 2698/94), 01 Requerimento que solicita a votação em
destaque da Emenda nº 29 ao Projeto de Lei do Executivo nº 28/96 (Processo nº
2698/94); pelo Ver. João Dib, 03 Pedidos de Informações nºs 125, 126, 127
(Processos nºs 2515, 2516 e 2517/96); pelo Ver. Jocelin Azambuja, 01 Emenda nº
71 ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 28/94 (Processo nº 2698/94);
pelo Ver. Luiz Braz, 01 Emenda nº 73 ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 28/94 (Processo
nº 2698/94) e 01 Requerimento solicitando que o Requerimento nº 152/96
(Processo nº 2253/96) retorne à Comissão de Economia, Finanças e Orçamento;
pelo Ver. Mário Fraga, 01 Requerimento solicitando renovação de votação do
Projeto de Lei do Legislativo nº 164/95 (Processo nº 2716/95); pelo Senhor
Prefeito Municipal 01 Ofício nº 435/96 comunicando viagem a Brasília, no dia de
hoje; pelo Ver. Raul Carrion, 01 Subemenda nº 01 à Emenda nº 70 ao Projeto de Lei Complementar do Executivo
nº 28/94 (Processo nº 2698/94), 01 Emenda nº 72 ao Projeto de Lei Complementar
do Executivo nº 28/94 (Processo nº 2698/94), 01 Requerimento que solicita
votação em destaque das Emendas nºs 07, 11, 12, 13, 17, 18, 20, 21, 22, 23 e
24, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 28/94 (Processo nº 2698/94),
01 Requerimento que solicita votação em destaque da Emenda nº 27 ao Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 28/94 (Processo nº 2698/94), 01 Requerimento
que solicita renovação de votação do
Veto Parcial ao Projeto de Lei do Executivo nº 31/96 (Processo nº 1515/96), 01
Requerimento solicitando seja retirada de tramitação a Emenda nº 51 ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 28/94 (Processo nº 2698/94) e 01 Projeto de
Lei do Legislativo nº 156/96 (Processo nº 2531/96); pelo Ver. Reginaldo Pujol,
16 Requerimentos solicitando a votação em destaque dos artigos nºs 16, 17, 22,
23, 24, 25, 31, 56, 61, 62, das letras d, e, f, g, h do inciso VIII do artigo
8º, do inciso III do artigo nº 55, dos incisos I, V, XI, XIII, letras a, b, c,
d e inciso XIV, letras a, b e c do artigo nº 60, do inciso III, letra c, a
expressão “ou perigoso” do artigo nº 69, do inciso XI do artigo nº 150 e da
linha “b”, no inciso III, do artigo nº 176, todos relativos ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 28/94 (Processo nº 2698/94). Em continuidade, o
Senhor Presidente apregoou Licença para Tratamento de Saúde do Ver. Giovani
Gregol, nos dias 09 e 10 do corrente mês, dando posse ao Suplente Gerson
Almeida e informando que sua Excelência integrará a Comissão de Defesa do
Consumidor e Direitos Humanos. A seguir, o Senhor Presidente apregoou Licença
para Tratamento de Saúde do Ver. Isaac Ainhorn, no dia de hoje. Em
continuidade, o Senhor Presidente apregoou Licença para Tratamento de Saúde do
Vereador Pedro Ruas, dos dias 09 a 15 do corrente mês, dando posse a Suplente
Letícia Arruda e informando que sua Excelência integrará a Comissão de
Urbanização, Transportes e Habitação. DO EXPEDIENTE constaram: Ofícios nºs
453/96, do Senhor Paulo Vidal, Deputado Estadual/RS; 590/96, do Senhor Valério
Veloni, Presidente da Câmara Municipal de Ribeirão Preto/SP; 695 e 702/96, do
Desembargador Adroaldo Furtado Fabrício, Presidente do Tribunal de Justiça do
Estado/Rs; Telegramas: da Senhora Maria do Carmo Bueno, Deputada Estadual/RS;
do Senhor Marcos Rolim, Deputado Estadual/RS; da Senhora Eunice Nequete
Machado, Procuradora-Geral do Estado/RS e da Senhora Maria da Glória Schilling
de Almeida, Defensora Pública-Geral do Estado. Em prosseguimento, o Senhor
Presidente registrou a presença do
Secretário da Saúde do Município, Senhor Luís Henrique Motta. Em continuidade,
a Mesa aceitou e deferiu Requerimento do Vereador Antonio Hohlfeldt, que
solicita a anulação da 1ª Sessão de Pauta Especial do dia de hoje. Em PAUTA
ESPECIAL, estiveram: em 1ª Sessão os Projetos de Lei do Executivo nºs 49, 50,
51, 52 e 53/96, discutidos pelo Vereador Reginaldo Pujol. Em continuidade foi
iniciado o período de PAUTA. Em discussão Preliminar, estiveram: em 2ª Sessão:
o Projeto de Lei do Legislativo nº 126/96, discutido pelo Ver. Reginaldo Pujol;
o Projeto de Lei do Legislativo nº 150/96 e o Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 09/96, discutido pelos Vers. Antonio Hohlfeldt; Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 09/96, discutido pelos Vers. Antonio Hohlfeldt,
João Dib, Reginaldo Pujol, João Motta e Maria do Rosário; em 3ª Sessão: o
Projeto de Lei do Legislativo nº 149/96; o Projeto de Lei do Executivo nº 48/96
e o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 16/96. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, o Ver. Antonio Hohlfeldt teceu considerações acerca do novo Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, afirmando que o mesmo é
incompatível com os planos anteriores. O Ver. Raul Carrion discorreu a respeito
do Plano Diretor sugerindo a constituição de uma Comissão Especial para tratar
do assunto, tendo em vista sua complexidade. O Ver. Nereu D’Ávila contestou as
declarações do Ver. Clovis Ilgenfritz, veiculadas no Jornal “Correio do Povo”
de hoje, onde Sua Excelência afirma que o Partido dos Trabalhadores não tem
interesse em cargos, mas sim em moralizar este Legislativo. Em continuidade o
Senhor Presidente deferiu 02 Requerimentos do Ver. Henrique Fontana,
solicitando sejam votadas em destaque as Emendas nºs 29, 08, 15, 16, 46, 47,
49, 56, 57, 62, 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36 ao Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 28/94. Constatada a existência de “quorum”, foi iniciada a ORDEM
DO DIA. A seguir, foi aprovado com voto contrário do Ver. Luiz Negrinho,
Requerimento do Ver. José Valdir, que solicita a inversão na ordem de
apreciação dos projetos constantes da Ordem do Dia. Em continuidade, foi
aprovado Requerimento do Ver. Raul Carrion, que solicita votação em destaque
das Emendas nºs 07, 11, 12, 13, 17, 18, 20, 21, 23 e 24 apostas ao Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 28/94, por quinze votos SIM e quatorze NÃO, votando Sim os Vers. Airto
Ferronato, Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Guilherme
Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, João Motta, João Verle, José Valdir,
Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Raul Carrion, Gerson Almeida
e Não os Vers. Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Elói Guimarães, João Dib,
Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Mário Fraga, Nereu D’Ávila, Paulo
Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Wilton Araújo e Letícia Arruda. Em
continuidade, foi aprovado Requerimento nº 163/96, da Mesa Diretora,
solicitando a realização de Sessão Especial destinada a homenagear os vinte e
cinco anos de criação da Faculdade Ritter dos Reis, no dia 17 do corrente mês.
A seguir, foi aprovado, após ser encaminhado pelo autor, Requerimento do Ver.
Mário Fraga solicitando renovação de votação do Projeto de Lei do Legislativo
nº 164/95, por vinte e dois votos SIM, votando os Vers. Antonio Hohlfeldt,
Artur Zanella, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Guilherme Barbosa, Henrique
Fontana, João Dib, João Motta, João Verle, Jocelin Azambuja, Lauro Hagemann,
Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do Rosário, Mário Fraga, Nereu D’Ávila, Paulo
Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Letícia Arruda e
Gerson Almeida. Em prosseguimento o Senhor Presidente registrou a presença em
Plenário, do Deputado Estadual Eliseu Santos e também comunicou o recebimento
de cópias do Projeto de Orçamento para exercício de 1997. Em continuidade, o
Senhor Presidente deferiu Requerimento do Ver. Luiz Braz solicitando que o
Requerimento nº 152/96 retornasse à Comissão de Economia, Finanças e Orçamento.
Às dezesseis horas e quarenta e um minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo reabertos às dezesseis horas e cinqüenta e oito minutos. A
seguir, após ser discutido pelos Vers. João Dib, Reginaldo Pujol, Clênia
Maranhão, Henrique Fontana, Elói Guimarães, Raul Carrion e Jocelin Azambuja,
foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 28/94, por vinte e
quatro Votos SIM, com declaração de Voto Antonio Hohlfeldt, votando os
Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Clênia Maranhão, Clovis
Ilgenfritz, Décio Schauren, Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia,
Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, João Dib, João Motta, João
Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do
Rosário, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Raul Carrion, Letícia Arruda e Gerson
Almeida. Às dezessete horas e cinqüenta e sete minutos, contatada a
inexistência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos,
convocando os Senhores Vereadores para Sessão Ordinária da próxima sexta-feira,
à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Reginaldo Pujol,
Edi Morelli e secretariados pelos Vers. Fernando Záchia, Reginaldo Pujol e
Jocelin Azambuja, este último como secretário “ad doc”. Do que eu, Fernando
Záchia, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após
distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor
Presidente.
ERRATA
ATA DA OCTAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA - EM 09.10.1996.
Quando do
registro do período de Pauta Especial, onde se lê “(...) Em continuidade, a
Mesa aceitou e deferiu Requerimento do Ver. Antonio Hohlfeldt, que solicita a
anulação da 1ª Sessão de Pauta Especial do dia de hoje. Em PAUTA ESPECIAL,
estiveram: em 1ª Sessão os Projetos de Lei do Executivo nºs 49, 50, 51, 52 e
53/96, discutidos pelo Ver. Reginaldo Pujol (...)”, leia-se ‘(...) Em PAUTA
ESPECIAL, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nºs 49, 50,
51, 52 e 53/96, discutidos pelo Ver. Reginaldo Pujol. Em continuidade, a Mesa
aceitou e deferiu Requerimento do Ver. Antonio Hohlfeldt, solicitando a
anulação da 1ª Sessão de Pauta Especial do dia de hoje (...)”.
- Após o início da Ordem do Dia, onde se lê “(...) A seguir, foi
aprovado com voto contrário do Ver. Luiz Negrinho, Requerimento do Ver. José
Valdir, que solicita a inversão na ordem de apreciação dos projetos constantes
da Ordem do Dia. Em continuidade, foi aprovado Requerimento do Ver. Raul
Carrion, que solicita votação em destaque das Emendas nºs 07, 11, 12, 13, 17,
18, 20, 21, 23 e 24 apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
28/94, por quinze Votos SIM e quatorze NÃO, votando Sim os Vers. Airto
Ferronato, Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Guilherme
Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, João Motta, João Verle, José Valdir,
Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Raul Carrion, Gerson Almeida
e Não os Vers. Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Elói
Guimarães. João
Dib, Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Mário Fraga, Nereu D’Ávila,
Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Wilton Araújo e Letícia Arruda
(...)”, leia-se “(...) A seguir, foi aprovado Requerimento do Ver. José
Valdir, solicitando a
inversão na ordem de
apreciação dos projetos
constantes da
ordem do Dia, por quinze votos SIM e quatorze votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelo Ver. Reginaldo Pujol e submetido à votação nominal por solicitação do Ver. Edi Morelli, votando Sim os Vers. Airto Ferronato, Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, João Motta, João Verle, José Valdir, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Raul Carrion e Gerson Almeida e votando Não os Vers. Antonio Hohlfeldt, Artur Zanella, Elói Guimarães, João Dib, Jocelin Azambuja, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Mário Fraga, Nereu D’Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Wilton Araújo e Letícia Arruda. Em continuidade, foi deferido pelo Senhor Presidente, Requerimento do Ver. Raul Carrion, que solicita votação em destaque das Emendas nºs 07, 11, 12, 13, 17, 18, 20, 21, 23 e 24 apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 28/94 (...)”.
- Durante a Ordem do Dia, quando dos registros referentes ao
Requerimento nº 152/96, onde se lê “(...) Em continuidade, o Senhor Presidente
deferiu Requerimento do Ver. Luiz Braz solicitando que Requerimento nº 152/96
retornasse à Comissão de Economia, Finanças e Orçamento (...)”, leia-se “ (...)
Em continuidade, o Senhor Presidente apregoou o Requerimento nº 152/96, de
autoria do Ver. Raul Carrion, o qual, após ser encaminhado à votação pelo Ver.
Reginaldo Pujol, foi encaminhado à Comissão de Economia, Finanças e Orçamento,
a Requerimento do Ver. Luiz Braz, deferido pelo Senhor Presidente. Na ocasião,
o Senhor Presidente, respondendo a Questões de Ordem dos Vers. Luiz Braz e Raul
Carrion, prestou informações acerca da tramitação do Requerimento nº 152/96
(...)”.
- Durante a Ordem do Dia, quando do registro da votação do Projeto de
Lei Complementar do Executivo nº 28/94, onde se lê “(...) A seguir, após ser
discutido pelos Vers. João Dib, Reginaldo Pujol, Clênia Maranhão, Henrique
Fontana, Elói Guimarães, Raul Carrion e Jocelin Azambuja, foi aprovado o
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 28/94 (...)”, leia-se “(...) A
seguir, após ser discutido pelos Vers. Reginaldo Pujol, Clênia Maranhão,
Henrique Fontana, Elói Guimarães, Raul Carrion e Jocelin Azambuja, foi aprovado
o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 28/94 (...)”.
O SR. PRESIDENTE (Edi Morelli):
Requerimento
do Ver. Giovani Gregol, solicitando Licença para Tratamento de Saúde nos dias
09 e 10 do corrente.
(Obs.: Foi aprovado Requerimento de Licença do Ver. Giovani Gregol e
empossado o Suplente, conforme consta da Ata.)
Requerimento do Ver. Pedro Ruas, solicitando Licença para Tratamento de
Saúde dos dias 09 a 15 do corrente.
(Obs.: Foi aprovado Requerimento de Licença do Ver. Pedro Ruas e
empossado o Suplente, conforme consta da Ata.)
Requerimento de Licença para tratamento de saúde do Ver. Isaac Ainhorn
no dia de hoje.
Na substituição do Ver. Isaac Ainhorn é convocado o Suplente João
Bosco.
Apregoamos o Ofício, assinado pelo Sr. Prefeito Tarso Genro,
comunicando que estará ausente do Município no dia 9, das 7h até as 23h do
mesmo dia. Na oportunidade, viajará a Brasília, quando será recebido, em
audiência, pelo Exmo. Sr. Presidente da República, Dr. Fernando Henrique
Cardoso, e pelo Secretário do Tesouro Nacional, Sr. Murilo Portugal, para
tratar do financiamento do Projeto da III Perimetral de Porto Alegre. No
ofício, ele esclarece que a referida administrativo da Prefeitura o Secretário
do Governo Municipal César Alvarez.
Posteriormente, enviou outro Ofício retificando a informação anterior e
convidando o Presidente da Câmara Municipal para assumir a Prefeitura na sua
ausência. Vale esclarecer ao Plenário que este Vereador, na qualidade de
Vice-Presidente desta Câmara, encontra-se em substituição ao Ver. Isaac Ainhorn
na Presidência desta Casa e abre mão de assumir interinamente a Prefeitura.
Assim, responderá pelo Expediente da Prefeitura o Secretário César
Alvarez. Vamos cumprir nosso mandato nesta Casa até o último dia.
Passamos ao período de
PAUTA ESPECIAL
1ª SESSÃO
PROC. 2495/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
049/96, que
estima a Receita e fixa a Despesa da Administração Direta do Município para o
exercício econômico-financeiro de 1997.
PROC. 2496/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
050/96, que
estima a Receita e fixa a Despesa da Fundação de Educação Social e Comunitária
- FESC, para o exercício econômico-financeiro de 1997.
PROC. 2497/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
051/96, que
estima a Receita e fixa a Despesa do Departamento Municipal de Limpeza Urbana -
DMLU, para o exercício econômico-financeiro de 1997.
PROC. 2498/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
052/96, que
estima a Receita e fixa a Despesa
do Departamento Municipal
de Água e
Esgotos - DMAE,
para o
exercício econômico-financeiro de 1997.
PROC. 2499/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
053/96, que
estima a Receita e fixa a Despesa do Departamento Municipal de Habitação-
DEMHAB, para o exercício econômico-financeiro de 1997.
O SR. PRESIDENTE: Inscrito em Pauta Especial o
Ver. Reginaldo Pujol.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. No primeiro
dia de Pauta Especial vários Projetos que compõem a Lei Orçamentária do
Município desde, naturalmente, o Projeto nº 49 do Executivo, que estima a
receita e fixa a despesa da administração direta do Município para o exercício
econômico-financeiro do ano de 1997. Nós somos inteirados pela Exposição de
Motivos firmado pelo ilustre Prefeito Tarso Genro, que hoje encontra-se em
Brasília gestionando recursos para a municipalidade, de que o conjunto dos
recursos que o Município irá dispor ao longo do exercício de 1997 se aproxima
de R$ 1 bilhão. Assim entendido, R$ 729 milhões que constituem orçamento da
administração direta os 130 milhões do Departamento Municipal de Água e Esgoto,
fazem com que já se chegue à cifra de R$ 860 milhões, e mais os recursos colocados
à disposição do Departamento Municipal de Habitação de R$ 38 milhões, o
Departamento Municipal de Limpeza Urbana com R$ 44 milhões e a Fundação de
Educação Social e Comunitária com R$ 12 milhões. No conjunto previsto exclui a
municipalização da saúde, é o que se lê logo na introdução do Projeto, quando
no artigo 1º define as receitas correntes, estabelece as receitas de capitais e
fala que a receita total, excluída a municipalização, é de R$ 533 milhões e que
incluída a municipalização da saúde é de R$ 729 milhões de reais, o que nos
permite, sem muito esforço, chegarmos a uma primeira conclusão: a
municipalização da saúde, que ocorreu há pouco tempo, enseja que o Município
administre R$ 198 milhões de reais, isto é, praticamente 40% do total da sua receita
prevista na administração centralizada no ano de 1997.
Isso, Sr. Presidente, está inserido de forma muito expressa quando no
item 6 das Receitas Correntes temos estabelecida rubrica 6.1, que nos diz:
“Municipalização da saúde: R$ 196 milhões, 711 mil, 251 reais.”
Isso tudo temos que considerar até mesmo com o anúncio por S. Exa. o
Prefeito Municipal da eleição da prioridade de habitação popular com alvo
primeiro dos investimentos públicos da Cidade de 1997.
Como se observa na Exposição de Motivos e na Proposta Orçamentária do
DEMHAB, os recursos previstos para o DEMHAB, incluindo custeios e
investimentos, são na ordem de R$ 38 milhões, 841 mil, 228 reais e 58 centavos.
Recursos transferidos para a municipalização da saúde são 159 milhões, isto é,
cinco vezes mais ou mais de cinco vezes, praticamente seis vezes mais do que os
recursos totais, Ver. Edi Morelli, previstos para habitação popular.
Eu vou ter a oportunidade, nas reuniões subseqüentes, de analisar o
orçamento do Departamento Municipal de Habitação e, desde já, aponto o meu
temor, muito forte, de que não seja esse orçamento que vai nos trazer o
conforto de uma expectativa favorável de que esteja ocorrendo, com a
objetividade e a profundidade desejada, o enfrentamento do problema gravíssimo
da cidade que foi reconhecido por quantos tiveram o ensejo de circular pelo
Município durante esse período pré-eleitoral, que é a frustração generalizada
que tomou conta, especialmente da periferia da Cidade, em face da absoluta
falta de alternativas habitacionais e, até mesmo, de expectativa dessas mesmas
alternativas.
Hoje se constata, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, que – pasmem - há
dificuldade de encontrar locais até mesmo para as tradicionais “ações de
desespero” que se realizavam na forma de invasão. Hoje já temos invasão da
invasão, com litígio até mesmo entre as pessoas, Ver. Edi Morelli, que lá, na
nossa Restinga, especialmente na sua periferia, vivem o clima do mais absoluto
conflito, pessoas que moram ou estão depositados em uma creche lá no final da
Vila Castelo, 44 famílias habitando uma única casa, 44 famílias habitando um
local onde existe um único banheiro.
Então, esse é o problema gravíssimo, e eu acredito que esta Câmara
Municipal precisa, desde já, começar a exercitar algo que, efetivamente, é da
sua responsabilidade, é do seu dever. Nós precisamos encontrar, nos recursos do
Município, que vão a quase um bilhão de reais, uma melhor distribuição desses
recursos, de tal porte que o órgão da habitação popular, que é,
reconhecidamente, quem pode se colocar diante desse problema, não pode receber
apenas 3 ou 4%, no máximo, do total dos recursos públicos colocados na vida de
Porto Alegre. Esses 38 milhões de reais - posteriormente irei me fixar
diretamente neles - representam, em grande parte, recursos de custeio do DEMHAB
e até mesmo de satisfação de obrigações contraídas no passado.
Há, claramente, um descompasso entre a anunciada opção preferencial
pelo investimento da habitação popular com o que está expresso nos números
desse Orçamento, onde, afora esse registro expressivo de cerca de 200 milhões
aplicados em saúde pública - registro esse que quero assinalar enfaticamente,
porque decorre da municipalização da saúde em Porto Alegre, decorre do
engajamento tardio, mas definitivo, do Município, num processo que se
desenvolve, neste País, há mais tempo - , não vejo nada que possa saudar, de
forma objetiva, aqui no Orçamento, nesta primeira leitura que faço. Entre o
discurso e a prática vivemos um distanciamento profundo, quase que abismal. Por
isso, nesta primeira oportunidade em que comento a peça orçamentária do
Município, eu começo a estabelecer uma uniformidade entre o discurso pré e
pós-eleitoral, que, da minha parte, mantenho. Sustentei, durante todos esse
período, que, necessariamente, ter-se-ia que fazer, neste momento da história
de Porto Alegre, um esforço muito especial para se estancar essa triste
realidade que se registra na periferia de Porto Alegre, com as condições
subumanas e indesejáveis em que moram, ou fingem morar, centenas de milhares de
porto-alegrenses. E nós, Vereadores, com assento neste Legislativo, temos que
começar agora; temos que ver, neste Orçamento, de onde vamos tirar mais
recursos para a habitação, senão, nós vamos entrar no discurso geral de quem
proclama a prioridade e não atua em cima dessa prioridade de forma objetiva,
concreta e, sobre tudo, conseqüente, que é o que nós precisamos fazer. Eu não
posso admitir, com todo o reconhecimento público da eloqüência da situação, da
grandiosidade do problema, do drama que se estabeleceu nas camadas menos
favorecidas da população, ainda nós possamos enfrentar, alegadamente de forma
prioritária, o problema habitacional com esse orçamento tão minguado, tão
pequeno, tão insatisfatório que é proposto para a cidade. Por isso, Sr. Presidente,
vou-me reservar para, na nossa próxima Sessão, quando essas matérias estarão
passando a sua segunda rodada na nossa Pauta Especial, objetivamente dissecar e
analisar não mais o orçamento Global do Município, mas o orçamento específico
da área de habitação popular, isto é, o orçamento do Departamento Municipal de
Habitação. Por enquanto fica esse meu alertamento inicial, da necessidade do
aprofundamento da discussão com o objetivo de se buscar, dentro do mecanismo
técnico que este Legislativo tem condições de fazer, o alargamento dos recursos
colocados à disposição do órgão de habitação popular, porque,
indiscutivelmente, os que estão sendo previstos são infinitamente inferiores às
necessidades enormes que eles têm que enfrentar, necessariamente, ao longo do
exercício de 1997.
Era isso, Sr. Presidente, dentro do meu tempo estabelecido pelo
Regimento e muito bem clareado por V. Exa. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Quero registrar a presença
do Secretário da Saúde do Município, Sr. Luís Henrique Motta. Gostaria de
convidar S. Sa. para que nos honre com a sua presença nos acompanhando na Mesa.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT
(Questão de Ordem): Sr. Presidente,
respeitosamente, queria levantar a
seguinte Questão de ordem: no meu gabinete até agora não foram entregues
as cópias dos Projetos relativos ao Orçamento de 1997.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa informa a V.Exa. e os
demais Vereadores que o Executivo ficou de entregar a todos os Vereadores na
tarde de hoje.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT
(Requerimento): Sr. Presidente, não foi entregue. Requeiro, formalmente, a V.Exa., que
se anule a Pauta.
Não se pode discutir um Projeto que não existe na Casa ou do qual os
Vereadores não têm cópia, isso é impossível. Se confirma que não está a os Vereadores
não têm cópia, não há como ter 2ª Sessão de Projetos que inexistem na Casa. Os
Vereadores não têm cópia dos Projetos. Se a DL tem, é outro problema. Sinto-me
prejudicado, não posso discutir a Pauta se não tenho nos Projetos. Isso é um
tratoramento demasiado da Câmara de Vereadores.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa aceita e defere o Requerimento verbal de V.Exa. A Questão
de Ordem foi transformada em Requerimento, na solicitação do Ver. Antonio
Hohlfeldt, e anula a 1ª Sessão de Pauta Especial do Orçamento. Entramos na
discussão geral da Pauta normal. O primeiro Vereador inscrito é o Ver. Antonio
Hohlfeldt.
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
2ª SESSÃO
PROC. 2087/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
126/96, de
autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que concede o título honorífico de Cidadã de
Porto Alegre à Senhora Odair Perugini de Castro.
PROC. 2416/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
150/96, de
autoria do Ver. Elói Guimarães, que concede o título honorífico de Cidadão de
Porto Alegre ao Senhor João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes.
PROC. 2469/96 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO Nº 009/96, que dispõe sobre o desenvolvimento urbano e ambiental, o processo de
planejamento participativo e democrático, institui o Segundo Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano Ambiental, e dá outras providências. (Com PLANTAS)
3ª SESSÃO
PROC. 2394/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
149/96, de
autoria do Ver. João Motta, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto
Alegre ao Dr. Jacques Távora Alfonsin.
PROC. 2446/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº
048/96, que
declara de utilidade pública a Fundação Leonística de Assistência Social -
Distrito L-8.
PROC. 2329/96 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO Nº 016/96, de autoria do Ver. Luiz Negrinho, que autoriza o Executivo Municipal a
criar o Conselho Municipal do Idoso - COMID.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra discutir a Pauta.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Chamo a atenção dos Srs. Vereadores para que, se com o Orçamento
nós já estamos enfrentando esse problema de não termos sequer cópias
distribuídas aos Vereadores e já estamos na 1ª Sessão de Pauta, me preocupa
muito mais a questão relativa ao Plano Diretor, Plano Diretor que,
propositadamente, foi desmembrado, fragmentado e atomizado pelo Executivo
Municipal. Eu estou vindo de um ato formal que reuniu seis ex-presidentes do
Instituto de Arquitetos do Brasil, Região Sul, e um Presidente do Instituto de
Arquitetos do Brasil, nacional, ato em que, formalmente, o IAB assume a recuperação do Solar, o famoso
solar que abrigava também o necrotério da Cidade em épocas passadas e a sala de
torturas do DOPS, na esquina da General Canabarro com a Riachuelo, e se dispõe,
o IAB, a reconstituir aquele prédio que é um pedaço da história de Porto
Alegre. Pois foi unânime, Sr. Presidente
e Srs. Vereadores, a manifestação de ex-Presidentes do IAB, de
preocupação e, eu diria, quase de terror, em relação ao teor do terceiro
Projeto, este PLCL nº 009/96 , que se encontra na 2ª Sessão de Pauta: sei que,
provavelmente, quase ninguém nesta Casa o leu e que se pretende votar não sei
exatamente quando. O mínimo que eu ouvi, hoje, pela amanhã, de arquitetos que
têm história com o planejamento de Porto Alegre, é que se vai discutir a
história de planejamento desta Cidade. Quero deixar bem claro este registro,
porque há mais de dois meses venho fazendo o mesmo discurso e alertando esta
Casa para as conseqüências que não se vão verificar em 96 ou 97, mas que serão
verificáveis nos próximos cinco ou dez anos do que a Administração Popular vai
propor e, eventualmente, esta Casa poderá aprovar. É, literalmente, a
destruição da história de planejamento da Cidade de Porto Alegre, que se inicia
no século passado, com o chamado Plano Maciel, que é o primeiro plano que
buscava, pela primeira vez, concretizar um mínimo de planejamento na chamada
histórica, unindo o lado de Porto Alegre que hoje nós dizemos do Cais do Porto,
que pega da Duque de Caxias em direção à Mauá e o outro lado, que era a cidade
de habitação, de moradia, da Duque de Caxias em direção à Zona Sul e ao Menino
Deus. Esse início de cidade teve uma primeira tentativa de planejamento que se
sucedeu, posteriormente, a um segundo plano, o chamado Plano Gladosch, já no
final do século passado e início deste século, onde nós já tínhamos
configurados algumas das questões básicas da Cidade de Porto Alegre, que são
esses grandes caminhos que chegam até a península central, o Caminho Novo, o
Caminho do Sul, a Protásio Alves, Bento Gonçalves, que eram as primeiras
estradas que traziam ao centro da cidade a Grande Porto Alegre, ou dele levavam
a Gravataí, a Viamão, a Cachoeirinha, que se atravessava o rio e se chegava até
a atual Guaíba. Com esses dois planos - o Plano Gladosch fazendo a chamada
Primeira Perimetral de hoje -, quis se sentar, pela primeira vez, evitar a
chegada ao centro com os grandes carregamentos; e desviava-se isso direto para
as áreas de carga e descarga de barcos que desciam o Rio dos Sinos, que
alimentavam o início das áreas da região de colonização. Isso tem uma história
que vem se desenvolvendo ao longo de mais de um século, que não pode ser
destruído em cima de um discurso artificial de que planejamento é discurso de
ideologia de classes dominantes, porque eu posso dizer a mesma coisa. O que
está proposto no novo projeto, de eliminar a área rural de Porto Alegre e
transformar absoluta da população de baixa renda. Isso me preocupa. Eu quero
abrir esta discussão. Estou tentando trazer aqui alguns dados da história de planejamento
de Porto Alegre, porque eu acho impossível que esse Projeto tramite sob o
silêncio dos Vereadores. Em 1959, a Câmara teve a humildade de dizer que não
tinha preparo técnico e aprovou um Projeto condicionado, para ser revisado em
1961, o que foi feito.
O que não podemos é nos omitir, silenciar, deixar tramitar e,
eventualmente, aprovar um Projeto que, no meu entender, será um crime contra a
Cidade de Porto Alegre; friso: um crime a ser configurado nas próximas décadas.
Infelizmente! Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, quero me congratular com o Ver. Antonio Hohlfeldt por sua
preocupação com o Plano Diretor, preocupação que é também minha, mas desejo
fazer alguns reparos no seu pronunciamento. O Plano Moreira Maciel é do ano de
1914, é deste século; e o Plano Gladosch, que pretendeu ser um Plano Diretor
para a cidade, é da década de 30. Aí, o então Prefeito Loureiro da Silva tentou
fazer um Plano Diretor para a Cidade, mas apenas aconteceu um plano viário que
foi muito eficiente e andou muito o desenvolvimento da Cidade. Em 1959, foi
editada a Lei 2330, que se constitui no primeiro Plano Diretor como tal. Esse
Plano Diretor levou dois anos para ser implantando definitivamente, isso na
Administração Leonel Brizola, iniciou a
ser implantado na Administração José Loureiro da Silva, o homem que mais
se preocupou com o urbanismo e o conhecimento desta Cidade. Ele fez com tanta
clarividência que mandou, antes de haver Plano Diretor na Cidade, a Montevidéu,
onde a Escola de Arquitetura já tinha
100 anos - a Escola de Arquitetura de Montevidéu já tinha 100 anos,
quando se formou a Escola de Arquitetura de Porto Alegre -,os arquitetos
Edvaldo Pereira Paiva e Demétrio Ribeiro para estudar na Universidade de
Montevidéu e terem condições de elaborar um Plano Diretor. A Justiça Divina se
fez, porque o Plano Diretor foi implantado na sua administração. O Prefeito
Socias Villela, em 1979, fez o primeiro
Plano de Desenvolvimento Urbano. O Ver. Antonio Hohlfeldt está correto quando
mostra a sua preocupação, porque é uma matéria muito importante para o
crescimento e a vida da própria Cidade, e essa matéria está sendo maltratada na
Câmara Municipal, porque o Prefeito deveria ter mandado essa matéria, no
mínimo, no início de 1996, e não o fez. Foi dizendo datas e mais datas. Hoje
ele está em Brasília, buscando dinheiro para a Terceira Perimetral, o que ele
sempre, aparentemente, se negou a fazer, mas agora, no término da
administração, ele vai lá buscar recursos para essa Terceira Perimetral. Tem
razão o Ver. Antonio Hohlfeldt quando mostra sua preocupação com a expansão da
área urbana, terminando com a área rural. Nós terminamos com a área rural,
quando sabemos que há muitas áreas na Cidade, que são de características
rurais, porque produzimos pêssegos de mesa que ninguém produz tantos e de tão
boa qualidade. Isso não pode ser esquecido, mas a Prefeitura apenas pensa na
taxação, na alíquota de IPTU, e não pensa em mais nada, e por isso haverá
desemprego.
Há outra coisa que está preocupando seriamente os arquitetos desta
Cidade, que é a eliminação do afastamento lateral. Ora, é preciso que se estude
profundamente o que está sendo proposto, pois o Plano Diretor não é matéria
para a população decidir. Plano Diretor é para urbanistas, com recursos de
aperfeiçoamento, com doutorado, mas com sensibilidade política. Depois deve ser
mandado aos Vereadores, que têm sensibilidade política, para fazerem um exame
apurado e completo. É muito arriscado o que está acontecendo nesta Casa. Quando
o Prefeito trouxe a matéria eu disse que haveria mais 80 dias até término da atual Legislatura, e já não temos
mais 80 dias até o término da atual
Legislatura, e já não temos mais 80 dias e sim em média 67 dias para estudar
duas matérias extraordinárias: o
Orçamento e o Plano Diretor da Cidade, e de contrapeso, o Plano de Saúde. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está
com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. Nós temos discutindo a Pauta, onde está incluído o Projeto de Lei
de minha autoria que concede a Sra. Odair Bertini de Castro o Título de Cidadã
de Porto Alegre, Projeto esse que eu tenho pronto há muito tempo e que deixei,
de propósito, que tramitasse agora, após o período eleitoral, porque eu não
gostaria que o mesmo fosse objeto de interpretações equivocadas.
Mas, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, superado esse fato eu queria, comentando o Projeto de Lei Complementar nº 996, que trata do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental, enfatizar a necessidade de que esses Projetos todos que estão esparsamente distribuídos sejam objetos de uma unificação, e até mesmo, quem sabe, analisados por aquela Comissão Especial que o Ver. Raul Carrion propôs, e que teria o apoiamento dos técnicos, dos especialistas que foram objeto de convocação da Casa, para analisar esta Lei de tanta profundidade no cotidiano de Porto Alegre.
Por isso, Sr. Presidente, neste escasso tempo que a análise me permite
fazer, eu queria me somar àqueles que mostram preocupação e, inclusive, repetir
colocações anteriores. Os Vereadores que eventualmente estavam na Casa quando
se votou o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano hoje vigente sabem que,
naquela oportunidade, num recesso legislativo, convocou-se extraordinariamente
a Câmara e dedicou-se um largo período de tempo para que fosse examinado
exaustivamente e exclusivamente este Projeto de Lei com o zelo, cuidado e com a
profundidade que a sua importância
determina. Eu não vejo a alternativa de que possamos proceder de forma
diferente. Acredito, Ver. João Dib, que a pretensão do encerramento do ano legislativo no dia 15 de dezembro deve ser afastada.
Acho que esta Legislatura tem que trabalhar até o derradeiro momento e
entenderia que essas matérias importantes, que estão sendo objeto de tardio
envio para exame desta Casa, deveriam ser objeto de uma convocação
extraordinária.
Nós temos, hoje, Projetos de envergadura do Código Municipal de Saúde,
Projetos das várias leis orçamentárias e este Projeto do Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre cuja profundidade,
repercussão e importância é absolutamente desnecessário ser comentado. O que
precisa ocorrer, Sr. Presidente, é um alertamento que faço, especialmente para
aquelas correntes que na Casa tem uma representatividade maior e que,
certamente, ao longo do tempo, haverão de ter, para com a sorte desses Projetos
de Lei, que dedicar uma responsabilidade muito maior. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Mais uma vez, solicito ao
Plenário para que a Taquigrafia possa executar o seu trabalho, porque assim
está difícil. Caso não seja possível, vamos suspender os trabalhos.
O Ver. João Motta está com a palavra, para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO MOTTA: Senhor Presidente, Srs.
Vereadores, eu tenho ouvido vários Vereadores, principalmente o Ver. Antonio
Hohlfeldt, falar, debater e propor uma discussão para o Plenário a respeito de
partes e da própria concepção do Plano Diretor. Eu confesso que essa discussão
não esquentou ainda dentro da Câmara, mas eu acho bom que a gente vá assumindo
algumas idéias a respeito na medida em que a tarde, a partir desses dias, a
polarizar mais as atenções do Plenário. Uma questão que eu gostaria de deixar
clara é que alguns temas que se traduzem em Projetos de Lei e, necessariamente,
dependem da opinião e da aprovação do Legislativo Municipal, devem merecer um
outro tipo de tratamento, que não o tratamento tradicional que se dá para esses
Projetos que envolvem grupos de interesse com muita força na Cidade, com muita
capacidade de articulação política, grupos que se traduzem como os chamados
grupos de pressão sobre o Legislativo, que é democrático. Nós tentamos
desenvolver, nesses últimos anos, um método e uma prática de fazer com que
esses grupos de pressão assumam abertamente a pressão sobre os Vereadores
individualmente, sobre as Bancadas e sobre o próprio Poder Legislativo, assim
como já o faz sobre o Executivo Municipal, não só na figura do Prefeito
Municipal, mas de todo o conjunto de Secretariado. Esse tema, o Plano Diretor,
pelo conjunto demos uma responsabilidade muito grande para fazer com que essas
ações de pressão, de defesa de interesses de grupos, que são legítimos, se dêem
também nesse plano, se não vai acontecer aquilo que acontece em Brasília que
são os grupos de interesse que se articulam com Vereadores, com Parlamentares e
Bancadas e passam a transitar diretamente dentro do Congresso Nacional
interesses que são exclusivamente de grupos, sem transitar pelo conjunto dos
atores interessados naquela discussão. Isso é antidemocracia.
Nesse processo do Plano Diretor, eu gostaria de demarcar isso com o Ver. Antonio Hohlfeldt. Nós podemos ter cometido vários erros. Esse Projeto pode não ser o Projeto dos nossos desejos, certamente não é, mas ele não tem nenhum tipo de manipulação como insinuam. Eu garanto. Tanto é que esse Projeto não é uma proposta fechada. Agora, aqui é que se abre a mesa de negociações. Acho positivo que todas as instituições venham à Câmara assumir abertamente posições contrárias ao Executivo. contrárias à nossa Bancada, porque nós queremos negociar, inclusive sobre a data da votação, que é outra preocupação. Para nós não é uma questão fechada. Se nós tivermos que votar esse Projeto somente no ano que vem, assim será. Se nós atrasamos o envio desse Projeto, atrasamos e assumimos o atraso, não porque o Prefeito queria impor o seu próprio Projeto. Aliás, uma das razões que atrasou o envio do Projeto foi a necessidade de transitá-lo dentro do Governo e fora dele, principalmente com o conjunto de atores que participaram no Congresso da Cidade. Então, não venham insinuar que esse Projeto do Plano Diretor é uma invenção do Prefeito Tarso Genro. Absolutamente! Da Administração Popular? Absolutamente! Nós mudamos os métodos de fazer as coisas na Cidade, o método de fazer entre o Estado e a sociedade. Não queremos mais, isso é contra a democracia. Se nós não aprendemos isso até agora, a transição política brasileira vai durar muitos e muitos anos para que se rompa essa relação tradicional de submissão do Estado com relação à sociedade e aí vêm os críticos do Estado mínimo, do discurso neoliberal dizendo que nós é que somos a favor da estatização da sociedade. Ao contrário, quem quer isso são aqueles mesmos que propõem hoje, por exemplo, a estatização do Grupo Hospitalar Conceição, do Hospital de Clínicas, sem uma reunião de discussão com a sociedade. Ainda vou trazer aqui os dados, mas a direção do Hospital Conceição administra aquele Hospital da forma mais irresponsável possível. Na véspera das eleições - eu sei porque participei muito dentro daquele Hospital - era um desfile de cabos-eleitorais de determinado Partido e outro, conseguindo através do tráfico de influência, tratamentos privilegiados em detrimento da população. Agora, vêm falar em privatização: só podem falar em privatização, porque esse hospital está muito mal-administrado. Essa questão é antidemocrática e a autoritária. O nosso Governo fez um esforço para enviar o Projeto à Câmara, agora temos a expectativa de que o conjunto das Bancadas se abra para que possamos fazer a mais ampla negociação sobre esse tema. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Vera. Maria do Rosário
está com a palavra para discutir a Pauta.
A SRA. MARIA DO ROSÁRIO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, para que façamos um bom debate político é preciso recolocar algumas
questões sobre o Plano Diretor exatamente nos seus lugares.
A primeira questão é que o Executivo Municipal promoveu, junto com a sociedade civil organizada, uma ampla discussão sobre o que deva ser o Plano Diretor
de Desenvolvimento urbano em Porto Alegre. A premissa dessa discussão deve ser o respeito que o Executivo Municipal tem pela existência de um Plano Diretor nesta Cidade essa que adotou um Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano pioneiramente neste País.
A segunda questão é que a Cidade. Assim como o nosso Governo, permanece
discutindo a questão do Plano Diretor. São falsas as questões colocadas sobre a
chamada pressa no interesse da votação desse Planejamento. Mas existe uma
constatação: fizemos uma ampla discussão com a sociedade; precisamos de
modificações no Plano Diretor, até porque, de 1979 para cá, pequenas
modificações foram feitas, mas aquelas modificações necessárias, previstas de 5
em 5 anos, estas foram realizadas. É preciso constatarmos que, na época em que
vivemos, entendemos a Cidade como um processo: a sua organização, a necessidade
de miscigenação das áreas, áreas de residência, de indústria, de comércio, como
a vida está nos mostrando em Porto Alegre, são as adaptações que prevemos e
propomos em lei. Não existe qualquer pressa, existe uma discussão. Queremos que
a Câmara Municipal de Porto Alegre, da mesma forma que o Executivo Municipal,
paute essa discussão aberta e francamente com a nossa população, chame para o
debate técnicos, pessoas que têm contribuição a dar, não somente do ponto de
vista do alto saber, mas também do saber do cotidiano da nossa Cidade, que
contribuirá para uma cidade melhor vivermos. É
o que se está desenvolvendo através do Orçamento Participativo.
Uma das modificações essenciais dos Projetos de Lei apresentados pelo
Governo do Município de Porto Alegre, com o aval da sociedade rio-grandense, é
a modificação na estrutura do Conselho do Plano Diretor. Assim transformaremos
e garantiremos a questão pública da Cidade, a sua estruturação, a sua vida. A
nova estrutura do Conselho do Plano Diretor é de fato uma forma viva de a
Cidade contribuir com as suas modificações no cotidiano, garantindo que a sua
visão seja desenvolvida de acordo com o processo de crescimento,
desenvolvimento que todos queremos para a nossa Cidade.
O Ver. João Motta disse o que queríamos dizer, o que estava entalado:
fizemos o debate de todas as questões de forma franca, aberta, não privatizamos
o Estado, ao contrário, queremos torná-lo cada vez mais público, porque, do
ponto de vista da nossa concepção, é somente quando a população se apropria do
poder, e determina os rumos deste poder, é que podemos garantir que exista uma
verdadeira democracia. Para nós, a democracia não se dá de 4 em 4 anos, ela se
dá de forma cotidiana, seja no Orçamento Participativo, ou com a presença dos
senhores e senhoras junto ao Executivo Municipal, nesta Casa. Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Apregoamos Subemenda nº 02 à
Emenda nº 03 ao Proc. nº 2698/94 - PLCE nº 28/94.
O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra, em tempo de Liderança.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, lamento que essa discussão sobre o Plano Diretor vá acontecer
dentro de uma Pauta comum de apenas 5min por Vereador, ao contrário do
Orçamento, em que temos uma Pauta Especial de 15min, seis Pautas corridas,
quando poderemos aprofundar a questão. O Plano Diretor deveria ter uma
oportunidade de um debate bem mais amplo do que, ao menos nesse primeiro
momento, vai acontecer.
Quanto à torcida que aplaudiu, quando falaram a respeito do Hospital
Conceição, quero dizer que não tenho nenhum problema com relação a esse
Hospital. Inclusive, o meu companheiro Vereador, recém-eleito o Dr. Sebenelo
participou, ontem, do movimento em protesto contra as decisões que estão sendo
encaminhadas pelo Governo Federal. Agora, responder com o Hospital Conceição a
questão do Plano Diretor, não é responder, é tergiversar.
Não sei se o Ver. João Motta falava a meu respeito em relação às
sutilezas, ou insinuações. Eu não insinuei nada com relação à maneira pela qual
o Plano foi feito, porque, se eu quiser acusar, farei isso de forma clara. Não
é verdade que o Plano reflete a discussão de 2 ou 3 anos de movimento popular,
não é nada daquilo que foi discutido. Tanto isso é verdade que essa instituição
Argentina, que foi quem redigiu o texto final desse terceiro Projeto, não
participou dos debates dos 3 anos anteriores, nem estava contratada, mesmo que
sem licitação - porque contratada sem licitação, a títulos vários. Não consigo
entender como é que trazem técnicos que não conhecem Porto Alegre, não conhecem
sequer o Brasil, para dirigir um Plano Diretor de uma cidade. Não consigo
entender como é que Presidentes do IAB, que foram ouvidos e alertaram para
diversas questões, que questionaram o Secretário Burmeister frontalmente no
debate do IAB, realizado há menos de quinze dias - e não tiveram a resposta
dele, diga-se de passagem - vão ser na sua expressão minimizados em relação a
esses técnicos. O que eu quero dizer e discutir é que tecnicamente a proposta que
se está trazendo de Plano Diretor bota fora tudo o que até aqui existiu. É
outro Plano Diretor, não é uma evolução como se fez em relação aos Planos
anteriores, é pegar tudo o que até aqui nós tivemos, inclusive aquelas
lamentáveis modificações de 1986, e botar na lata do lixo e dizer: agora é
zero. Não se usou sequer o segmento básico da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, que é o PROPUR; e foi usar os arquitetos neoliberais do PROPAR, que é outra coisa, são
os pós-modernistas que falam exatamente das segmentações e das fragmentações da
Cidade, ao invés de terem a idéia do conjunto de uma Cidade que se encontra no
PROBUR. E quem diz isso não é este Vereador, apesar da experiência de 10 anos
de lecionar na Faculdade de Arquitetura - não é arquiteto - mas é apenas o
Arquiteto chamado Demétrio Ribeiro, por quem se deve ter o máximo respeito por
toda a sua história à frente do IAB e pela participação no planejamento dessa
cidade. O Ver. Clóvis Ilgenfritz sabe, porque já ouviu isso também do Dr.
Demétrio. Quero chamar a atenção, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, para não
discutir esta questão nesta Casa ou tergiversar com outras questões políticas,
é fugir a um debate que não somos nós, agora de imediato, que vamos sofrer. O
que eu peço é uma discussão objetiva do Plano Diretor ou do Novo Plano Diretor
inventado de última hora, porque o texto que está aí é de última hora, não os
dois primeiros Projetos. O primeiro e o segundo Projetos, bem ou mal, sobretudo
o Projeto relativo às AEIs, que o Ver. Lauro Hagemann conhece bem, este resulta
de um debate concreto com a população. Este Plano que aí está, o terceiro
projeto, esse foi inventado de última hora por um grupo contratado, por
técnicos que não têm, inclusive, histórico em planejamento e que resumiram e responderam
por alguma coisa que, em última análise, não têm condições de responder
tecnicamente - não falo particular ou pessoalmente porque não os conheço e devo
respeitá-los.
É esse o debate que quero trazer ao Plenário desta Casa e a esse debate
eu desafio a Bancada do PT e a Secretaria do Planejamento da Prefeitura
Municipal. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Requerimento assinado pelo
Ver. Raul Carrion, Líder do PC do B, que retira de tramitação a Emenda nº 51,
do Proc. nº 2698/94 - PLCE nº 28/94.
Emenda de Líder nº 71 ao PLCE nº 28/94, assinada pelo Ver. Luiz Braz,
Líder da Bancada do PTB e pelo Ver. Jocelin Azambuja. (Lê a Emenda.) A
Exposição de Motivos será feita da tribuna.
Emenda de Líder, nº 72 ao PLCE
nº 28/94, assinada pelo Ver. Raul Carrion, Líder de sua Bancada. (Lê a
Emenda nº 72.)
O Ver. Raul Carrion está com a palavra, em Tempo de Liderança.
O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, me trazem a esta tribuna, em nome da Bancada do Partido Comunista do
Brasil, duas questões. A primeira, que vem sendo debatida por diversos
Vereadores, é a discussão do Plano Diretor. Eu queria lembrar a necessidade de,
com a máxima urgência, votarmos o Requerimento que a nossa Bancada encaminhou
no sentido da formação de uma Comissão Especial para tratar do Plano Diretor.
Nós estamos vendo a complexidade do problema, o caráter polêmico do assunto e é
impossível que nós consigamos uma discussão correta do Plano Diretor, com toda
importância que ele tem, de forma segmentada; ou seja, cada um dos Projetos do
Plano Diretor sendo examinado em cada uma das Comissões Permanentes desta Casa.
Pois desta forma, perderemos a visão de conjunto.
Tenho certeza, pela assinatura de todas as bancadas desta Casa,
praticamente a unanimidade dos Vereadores, do acolhimento positivo deste
Requerimento. Só que ele aqui dormita desde 28 de agosto; nós já estamos no dia
08 de outubro! Ou seja, passaram-se 40 dias, passaram-se as eleições e urge que
esta Casa tome uma decisão que esta Comissão comece a funcionar.
O segundo assunto que me traz á tribuna é a grande preocupação com a situação dos moradores do Parque dos Maias. Ainda nesta segunda-feira, eles estiveram aqui, usando a Tribuna popular, coloca as suas preocupações. Nós na ocasião, ao usarmos da palavra, falamos da exigência que o DMAE está fazendo a estas famílias, no sentido de que elas terminem as construções para a Guerino, para que a Prefeitura dê o “habite-se”. Hoje, um morador e representante da Comissão do Parque dos Maias me deixou um outro Termo de Ajustamento, agora da SMOV; porque aquele Termo que cobrava uma taxa, que cobrava as obras referentes aos reservatórios de água, era do DMAE. Vou ler p que a SMOV exige dos moradores. (Lê.)
TERMO DE AJUSTAMENTO
SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E VIAÇÃO, neste ato pré-representada
por seu Secretário, Engenheiro Estilac Xavier, aqui denominada 1º Contratante,
e MORADORES do BLOCO....8..........,
da quadra.....6..... DO CONJUNTO RESIDENCIAL PARQUE DOS MAYAS, aqui denominados
2ºs Contratantes, têm entre si
ajustado, por este ato e na melhor forma do Direito, o que abaixo segue.
CLÁUSULA 1ª - O 1º Contratante expedirá a Carta de Habitação,
para as edificações do Bloco ..8.., da
Quadra ...6.. do Conjunto Residencial Parque dos Maias, localizado nesta
Capital, na Rua (Av.) ..Sete...nº..35..., após a assinatura do presente termo.
CLÁUSULA 2º - No prazo de 180 dias, contados da expedição da Carta de
Habitação. obrigam-se os 2ºs
Contratantes:
I) a executar a implantação de
corrimãos contínuos nas escadas, em conformidade com a Lei 3.615/72;
II) a providenciar Laudo Técnico
das instalações elétricas condominais e residenciais;
III) a cumprir, se houver, as determinações do Laudo Técnico.
Parágrafo Único. O Laudo Técnico deverá:
I) estar conforme com as Normas Técnicas Brasileiras;
II) ser executado por profissional especializado, com registro de ART - Anotação de Responsabilidade Técnica - junto ao CREA/RS.
CLÁUSULA 3ª - Expirado o prazo da Cláusula 2ª sem
que se cumpram as obrigações assumidas neste termo, estipula-se cláusula penal,
a multa diária de R$ 5,00 (cinco reais) por
unidade habitacional, na medida de sua responsabilidade, até o efetivo
cumprimento das obrigações:
Parágrafo Único. A mota terá por termo inicial 0 1º dia útil seguinte
àquele em que expirar o prazo da Cláusula 1ª, e por tempo final o adimplemento
da obrigação estipulada na Cláusula 2ª.
Para constar e valer em todos os seus efeitos de Direito, celebrou-se o
presente TERMO DE AJUSTAMENTO, que lido e achado conforme, vai
devidamente assinado.
Ou seja a Guerino não concluiu a obra, está vendendo por 1,2 CUBs uma
obra incompleta, e para dar o “habite-se” a Guerino - que tinha que concluir as
obras, que tinha que providenciar as correções nos prédios, nada faz; descansa
e a Prefeitura, através do DMAE e da SMOV, está exigindo que os moradores façam
isso; e ainda cobra multa de 5 reais diários! Por que não cobram da Guerino?
Por que a Guerino, que nesses anos de todos não concluiu as obras, não teve
multa? Os Moradores do Parque dos Maias vão ter que fazer as obras que a
Guerino não fez e ainda pagarão multa por dia de atraso...É tal o absurdo, é
tal o caráter Kafkiano desse absurdo que tenho a certeza de que a Bancada do
Governo e esta Casa estarão contra isso juntos. Haverá uma reunião amanhã, às
11h, na CUTHAB, para podermos fazer entrar em razão os burocratas que hoje
esquecem o povo e exigem esses absurdos! Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Está com a palavra o Ver.
Nereu D’Ávila em Comunicação de Líder.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Eu ocupo a Tribuna comedidamente e, muitas vezes, divido com os
meus Colegas de Bancada a Liderança, porque nós praticamos a democracia interna
e temos que não privilegiar o Líder eventual, mas sim problemas que surgem na
Bancada. Mas hoje me considerei imposto no dever de falar porque fiquei perplexo quando li o “Correio
do Povo”. É claro que há gestões para a futura Mesa da Câmara e isso é bastante
democrático, dado que nos parlamentos sempre há renovações. Se não me engano,
aqui na Câmara a renovação foi de um terço. Apenas onze Vereadores terão
substituídos os seus mandatos por onze novos Vereadores. Mas o que me
estarreceu foram as declarações do Ver. Clóvis Ilgenfritz do PT pregando a tese
da proporcionalidade, que considero respeitável, mas o Vereador , eu não
entendi ou ele se excedeu quando diz que o PT não quer cargos mas quer
moralizar a Casa. Para moralizar alguma coisa essa coisa deve ser imoral e,
francamente, não vejo aqui na Câmara de Porto Alegre nenhuma imoralidade. Houve
um acordo anterior que ainda vige com a não-participação do PT. Mas esse é um
direito legítimo e democrático das Bancadas na busca de um conceito
administrativo de governar. Na época, o PDT, o PMDB, o PC do B - depois a Verª
Maria do Rosário saiu do acordo filiando-se ao PT e o PTB legitimaram um acordo
administrativo, pois nem político era. E esse acordo foi rigorosamente
cumprido: o primeiro e o último anos do PT, o segundo do PTB e o terceiro do
PMDB. Ninguém traiu ninguém, como o PT fez com o Sr. Vicente Dutra, quando fez
um acordo e não cumpriu. E nenhum Vereador - pelo que me lembro - veio aqui
dizer que houve imoralidade.
Então, fiquei perplexo com o termo usado pelo Ver. Clovis Ilgenfritz.
Digo sempre e repito que os 914.000
eleitores da Cidade de Porto Alegre não têm do que se envergonhar dos seus
representantes na Câmara Municipal.
Há pouco, foi divulgado pela imprensa que a Câmara de Pelotas e não sei
mais de onde aumentou, com uma inflação mínima, e extrapolou os índices de
aumento para o Prefeito e para os Vereadores. A Câmara de Porto Alegre aprovou
reajuste dentro do índice inflacionário e da Constituição - 75% do que percebe
um Deputado Estadual. No mais, nenhum setor da Câmara, nenhuma outra situação
da Câmara, nenhum dos 33 parlamentares mereceu uma linha de advertência,
crítica da imprensa ou de quem quer que seja sobre a conduta moral nesta Casa.
Fiquei perplexo e não entendi o Ver. Clóvis Ilgenfritz referindo-se à
moralização da Câmara de Porto Alegre Acho que subiu para a cabeça o volume da
vitória e o Vereador extrapolou falando bobagem. A soberba é a pior inimiga do
entendimento. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Mesa apregoa Requerimentos
de autoria do Ver. Henrique Fontana, um solicitando seja votada em destaque a
Emenda nº 29 ao PLCE nº 28/94, e outro solicitando sejam votadas em destaque as
Emendas de nºs 08, 15, 16, 46, 47, 49,56, 57, 62, 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36,
também ao PLCE nº 28/94. DEFERIDOS os Requerimentos.
Havendo quorum, passamos à
O SR. JOSÉ VALDIR
(Requerimento): Requeiro que o primeiro Projeto a ser votado, de minha autoria, que
estabelece o Orçamento Participativo na Câmara, fl. 06, seja votado após o da
fl. 13, Projeto do Ver. Reginaldo Pujol, que institui o Crédito Educativo.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do
Ver. José Valdir. (Pausa.)
Com a palavra, para encaminhar o Requerimento do Ver. José Valdir, o
Ver. Reginaldo Pujol.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores,
o Ver. José Valdir tinha falado conosco para que solicitássemos a inversão da
Ordem do Dia com relação ao seu projeto, incluindo o Projeto do Código
Municipal de saúde e os Requerimentos que se encontram a Mesa para serem
votados já à algum tempo.
Gostaria de dizer que tenho concordado com a retirada da possibilidade
de votação do Projeto de Lei do Ver. José Valdir e tenho declarado meu voto
contrário ao Projeto, pois discordo de seus fundamentos e considero-o inócuo.
Agora, se pretende-se esgotar a Legislatura sem votar este Projeto de Lei,
também de minha parte vou contribuir para isso. Então eu só queria aduzir, para
ser coerente com o que acertei com o Ver. José Valdir, que a transferência de
seu Projeto para a ordem por ele solicitada tem que ser acompanhada daquilo que
havia sido combinado, que é a votação dos Requerimentos com precedência,
limpando a pauta dos trabalhos, pois há Requerimentos com 20, 30 dias para
serem votados.
Eu farei ao Ver. José Valdir, que é o requerente, um apelo no sentido
que ele aditasse e nos permitisse votar
com ele. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Fica, então, o Requerimento
do Ver. José Valdir para que o Projeto da fl. 06, PELO nº 01/96, seja incluído
entre (fls. 13 e 14) PLL nº 12/96 e PLL nº 74/96, mas que, antes dos Projetos,
sejam votados os Requerimentos.
Em votação. (Após chamada.) APROVADO
O Requerimento por 15 votos SIM, 14
Votos NÃO.
Respondendo a uma pergunta que foi feita, o Presidente vota só em caso
de empate.
Passamos aos Requerimentos.
Requerimento nº 163/96, da Mesa Diretora, solicitando a realização de
uma Sessão Especial destinada a homenagear os 25 anos de criação da Faculdade
Ritter dos Reis, no dia 17 do corrente.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento de autoria do Ver. Mário Fraga, solicitando renovação de
votação, conforme justificativa no verso, do PLL nº 164/95.
Em votação o Ver. Mário
Fraga está com a palavra, para encaminhar.
O SR. MÁRIO FRAGA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Só para esclarecer aos
nobres pares o que é meu Requerimento. Foi votado o Projeto do Ver. João Verle
que institui a Semana da Restinga no município de Porto Alegre e dá outras providências.
Nessa votação constava uma Emenda de minha autoria, para que na semana da
Restinga - eu votei favorável ao Projeto - houvesse um torneio de futebol. PO
quê? Porque há 47 equipes filiadas à Liga Independente de Futebol Amador, por
isso coloquei esta Emenda no bom Projeto do Ver. João Verle, porque a Restinga
merece distinção na Cidade, pois é uma cidade dentro da nossa Cidade e nós não
temos a menor dúvida. Como eu tenho que pedir a renovação de todo o Projeto
para colocar essa Emenda, gostaria que os nobres Pares me ajudassem nesse
intuito. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento de
autoria do Ver. Mário Fraga. A votação será nominal. (Após a chamada.) APROVADO por 22 votos SIM.
Requerimento nº 152/96, de autoria do Ver. Raul Carrion, solicitando a formação de Comissão Especial para examinar e opinar sobre o conjunto de projetos do Executivo que reformulam o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Porto
Alegre.
Em votação. (Pausa.)
O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar .
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr.Presidente e Srs.
Vereadores, apoiado por vários Vereadores da Casa, em 28 de agosto de 1996, o
Ver. Raul Carrion fez tramitar um Requerimento, apregoado em 04 de setembro,
que solicitava a formação, com base no art. 63, inc. III, par. 3º, do Regimento
da Casa, de uma Comissão Especial. (Lê o Requerimento e a Justificativa.)
Sr. Presidente, hoje ainda, em me manifestava a respeito do meu temos
de que esse matéria, dado o acúmulo de processos importantes que a casa tem,
acabasse não sendo enfocada nem tratada
com a objetividade, a profundidade e clareza com que nós entendemos mereça ser
tratado. Por isso, de forma muito clara, que gostaríamos de ver aprovada a
formação dessa Comissão, para que ela possa utilizar os mecanismos que a Casa
procurou reunir nessa circunstância, e iniciar, com a brevidade que se
justificam uma análise aprofundada de todos os Projetos.
O SR. PRESIDENTE: Ver. Reginaldo Pujol, nós
asseguraremos o tempo de V.Exa. e concedemos uma Questão de Ordem ao Ver. Luiz
Braz.
O SR. LUIZ BRAZ (Questão de
Ordem): Sr.
Presidente, esse Requerimento não pode ser votado, porque esse Requerimento só
teria validade se as Comissões afins abrissem mão de examinar a matéria. Como a
minha Comissão, que é a Comissão de Finanças e Orçamento, não se manifestou,
esse Requerimento é absurdo. Não tem como ser votado, até porque ele só teria
validade se as Comissões todas abrissem mão, e a minha Comissão ainda não abriu
mão.
O SR. RAUL CARRION (Questão
de Ordem): Sr.
Presidente, eu queria esclarecer que já foi dada a concordância de quatro dos
cinco membros da Comissão de Finanças e Orçamento. O Processo está instruído e
nem poderia via a Plenário se não houvesse a concordância.
O SR. LUIZ BRAZ (Questão de
Ordem): Eu
sou o Presidente da Comissão de Finanças e Orçamento, ainda, a não ser que
tenham-me destituído. Quem fala pela Comissão
é o seu Presidente, e a Comissão, oficialmente, ainda não se manifestou
a respeito do assunto. Respeito os colegas de Comissão, mas o Presidente ainda
não se manifestou e a Comissão não tem uma posição oficial.
O SR. PRESIDENTE: Liberaremos a continuidade
do tempo do Ver. Reginaldo Pujol, enquanto é aguardada a presença no Plenário
da Dra. Marion, para dar uma posição à Presidência dos trabalhos.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, eu discuto
a matéria com base naquilo que
está colocando nos autos. Inclusive entendo, salvo melhor juízo, que, pela
própria natureza de ser um Projeto de Lei Complementar, teria que ter uma
comissão que examinasse a matéria. Eu entendi, pela quantidade de assinaturas
que vi no Requerimento do Ver. Raul Carrion, de quase todas as lideranças
partidárias, que se tratava de matéria de consenso na Casa. Evidentemente,
todos concordavam da conveniência, pelas circunstâncias de nós estarmos diante
de um fato, de um projeto ansiosamente aguardado e que só agora surgiu, de, em
um esforço especial, fazer essa Comissão, que teria todo assessoramento
propiciado por aquelas pessoas que foram convocadas para a Casa nessas
circunstâncias, em regime temporário com elas nós pudéssemos, efetivamente,
olhar na profundidade necessária esse Projeto de tamanha importância. Eu até
vou aguardar o posicionamento da Procuradoria da Casa, mas entendo que, na
conveniência do debate, a formação dessa comissão, Ver. Luiz Braz, não é
prejudicial, pelo contrário, é salutar, porque vai permitir que possamo-nos
debruçar nesse Plano Diretor proposto, agora no final do mês de setembro, em um
momento em que todos estávamos envolvidos em nossas campanhas eleitorais.
Retornamos hoje, já estamos na eminência de votar o Código Municipal da Saúde
no regime do art. 81, solicitado no início de setembro, sem que as Comissões
Técnicas tivessem examinado a matéria, como seria salutar. e nós agora, aqui, no
que diz respeito ao Plano Diretor, aprovando o Requerimento do Ver. Raul
Carrion, no mínimo nessa matéria nós estaremos à salvaguarda do açodamento e da
votação precipitada. Por esta razão, com todos respeito às ponderações do Ver.
Luiz Braz, eu apoio o Requerimento e, se ele foi à votação, como espero que vá,
em votarei favoravelmente à constituição dessa Comissão. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Registramos, com satisfação,
a presença, no Plenário, do Deputado Estadual, sempre Vereador para nós, Eliseu
Santos.
Comunicamos ao Plenário que estamos recebendo, das mãos do
representante do Governo, as cópias do Projeto do Orçamento que o Executivo
ficou de mandar agora à tarde. Está sendo encaminhado, aos gabinetes dos
Senhores Vereadores e Vereadoras, uma cópia para cada um.
Apregoamos Subemenda nº 01 à Emenda nº 70 ao PLCE nº 28/94, de autoria
do Ver. Raul Carrion.
Apregoamos Requerimento do Ver. Raul Carrion solicitando renovação de Votação, conforme justificativa no verso, do Veto Parcial do Processo nº 1515/96 - PLE nº 31 de 29 de maio de 1996, que dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para 1997 e dá outras providências. Esse processo foi votado na semana passada. Apregoamos o Requerimento de Renovação de Votação para ser votado na próxima Sessão.
Respondendo à Questão de Ordem do Ver. Luiz Braz. Pela CEFOR, na
ausência de seu Presidente, acordo assinado em 04/09/96 pelos Vereadores Jaques
Machado, Antonio Hohlfeldt, João Verle e João Dib.
V.Exa. Ver. Luiz Braz, pode fazer o seu Requerimento solicitando que o
citado Requerimento seja encaminhado à sua Comissão.
O SR. LUIZ BRAZ: Esse Requerimento é feito
porque gostaria que a CEFOR pudesse se manifestar até pelos seus titulares. Não
tenho nada contra o que opinou o Ver. Jaques Machado, quando assumiu a
titularidade. Acredito que, para um assunto tão importante como esse, os
Vereadores, que vêm acompanhando o trabalho da CEFOR há mais tempo, deveriam
opinar. Como sou Presidente da CEFOR, gostaria que esse documento retornasse à
Comissão para que pudéssemos emitir um n ovo Parecer.
O SR. PRESIDENTE: Dada a importância do
assunto, gostaria que o Requerimento fosse feito por escrito para,
posteriormente, sob a orientação da Procuradoria da Casa, este Presidente
deferir de plano, o Requerimento do Ver. Luiz Braz, remetendo o Requerimento do
Ver. Raul Carrion à apreciação da Comissão de Justiça da Casa.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT
(Questão de ordem): Vossa Excelência anunciou, há pouco, que as cópias dos processos
orçamentários já estão sendo distribuídos. De toda maneira, de acordo com o
Regimento da Casa, hoje, quarta-feira, não teremos completadas as 48 horas para
sexta-feira de manhã. Indago a V.Exª. se os processos orçamentários serão
incluídos na pauta de sexta-feira ou de segunda-feira?
O SR. PRESIDENTE: Entrará em pauta na
segunda-feira.
A Mesa defere Requerimento de autoria do Ver. Luiz Braz, solicitando
que o Reg. nº 152/96 retorne à Comissão de Finanças e Orçamento.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2698/94 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
EXECUTIVO N] 028/94, que institui o Código Municipal de Saúde no Município de Porto Alegre,
e dá outras providências. Urgência. Com
Emendas nºs 01 a 05, 07 a 49, e 51 a 70, e subemendas nºs 01 à Emenda nº 05.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA- Art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM;
- retiradas as Emendas nºs 06 e 50.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCE nº 28/94.
O SR. JOÃO DIB (Questão de
Ordem): Sr.
Presidente, trata-se de matéria relevante. Tenho dúvidas de que a maioria dos
Vereadores conheçam na plenitude o Projeto, porque há cerca de 80 Emendas e
Subemendas. Penso que aqueles que estão mais aptos a esclarecer poderiam e
deveriam falar na tribuna para que pudéssemos votar com tranqüilidade. Apelo a
V.Exª para que insista com os Vereadores.
O SR. PRESIDENTE: Cabe à Presidência dos
trabalhos abrir inscrições para discussão; se não houver inscritos, encerra-se
a discussão. Não posso apelar para que o Processo seja discutido.
O SR. ANTÔNIO HOHLFELDT
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, nós já temos mais de 10 Emendas e Subemendas
apresentadas desde as 14h até este momento. Indago a V.Exª se não deve ser
retirado da Pauta para ter pareceres sobre essas Emendas. Pelo que sei, no
Regimento, existe a necessidade salvo a existência de Requerimento dispensado
os pareceres.
O SR. PRESIDENTE: O Projeto está fundamentado
no art. 81, por isso as Emendas não passam pelas Comissões.
Apregoamos Emenda de nº 73 ao PLCE nº 28/94.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA
(Requerimento): Requeiro a retirada de tramitação da Emenda nº 60, ao Proc. nº 2698/94,
PLCE nº 28/94.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, tenho em
mãos, apregoando no dia de hoje, a Subemenda 1 à Emenda nº 70, de autoria do
Ver. Raul Carrion, a Emenda nº 71, de Liderança, do Ver. Jocelin Azambuja; a de
nº 72, assinada pelo Ver. Raul Carrion. V.Exª então pediria, Sr. Presidente,
diante desse fato, a suspensão da Sessão por 2 ou 3 minutos, ao ponto de nos organizarmos
e saber o teor da Emenda que vamos votar agora. A Emenda só foi apregoada e não
deu tempo de chegar aqui a todos nós que temos que discutir a matéria.
O SR. HENRIQUE FONTANA
(Questão de Ordem): Só para colaborar no sentido de tranqüilizar; o Ver. Reginaldo Pujol,
estas Subemendas e Emendas certamente
serão as últimas a serem avaliadas, temos dezenas de outras Emendas que serão
avaliadas antes disso.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa agradece a V.Exª a
explicação, era o que teríamos dito ao Ver. Reginaldo Pujol. Quero informar a
V.Exª que todas as Emendas destacadas são sujeitas, normalmente, a
encaminhamentos. E V.Exª, como Líder da Bancada do seu Partido, pode encaminhar
todas elas.
O SR. REGINALDO PUJOL
(Questão de Ordem): Sr. Presidente, sei que o encaminhamento é possível, mas a discussão é
única. Estamos na fase de discussão, depois que eu discutir, nunca mais vou
falar sobre esta matéria, em discussão.
O SR. PRESIDENTE: Vamos suspender os trabalhos
por três minutos para providenciar nas cópias das 3 Emendas apregoadas
recentemente, para serem distribuídas aos Srs. Vereadores.
(Os trabalhos foram suspensos às 16h41min.)
O SR. PRESIDENTE (às
16h58min): Estão
reabertos os trabalhos.
O SR. REGINALDO PUJOL
(Questão de Ordem): Eu fui informado de que há ainda, uma nova Emenda para ingressar. A
minha dificuldade é discutir uma matéria, perder a possibilidade de discutir
englobadamente, quando ainda há Emenda para ingressar no Processo.
O SR. PRESIDENTE: Eu não posso proibir que
dêem entrada Emendas de Liderança, isso
faz parte do Regimento da Casa, Vereador.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, solicito a
minha inscrição e cedo ao meu tempo à Verª. Clênia Maranhão.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está
com a palavra, para discutir:
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, nós estamos votando um Projeto de Lei da mais ampla repercussão, um
avanço que o município percorre nesta matéria de tão singular importância para
o cotidiano da Cidade. Eu só lamento, Sr. Presidente, e isso eu estou fazendo
para ressalvar, na maior amplitude possível, responsabilidades, que essa
matéria, tão importante que ainda existem Emendas a serem apresentadas, que
começou a ser discutida em 1992, que ingressou na Casa, pela primeira vez, em
94, não tenha reservado um dia inteiro para ser discutida na sua plenitude, que
nós a estamos votando - sob o manto do art. 81, que obstou, inclusive, a
análise das Comissões Técnicas, o que, no meu entendimento, vai prejudicar
fortemente, com riscos absolutamente previsíveis o resultado desta votação. Eu
sei que existe um entendimento, que foi o possível de ser salvo, de que hoje
nós apenas votaremos o Projeto, não votaremos as Emendas destacadas, não
votaremos Emenda nenhuma. É mínimo que se consegue. Isso se transfere para
sexta-feira de manhã, a decisão sobre Emendas, muitas das quais polêmicas, na
medida em que abrigam posições diversas, conflitadas, sobre matéria que,
efetivamente, pelo caráter inovador do Código, fatalmente ela teria que
ensejar. Nós não estamos votando um Projeto comum, nós estamos votando um
Projeto de grande repercussão, em que Porto Alegre, provavelmente, haverá de
ser seguida por inúmeros municípios à medida que for editado este diploma,
porque, ao que me consta, é um dos primeiros diplomas em nível municipal que é
editado com tanta profundidade, tanto que se trata de matéria que tem mais de
200 artigos, que tem um único artigo com cerca de 70 definições e que,
naturalmente, mereceria, como merece, um dia inteiro, no mínimo, para que a
gente se debruçasse sobre a matéria. Tive oportunidade, por muito tempo, de ter
contato com este Projeto. Recebi, inclusive, no momento em que fui designado
relator conjunto das Comissões, inúmeras comissões que vieram aqui à Casa e que
me trouxeram propostas, a maioria das quais eu agasalhei, até porque elas
envolviam polêmicas em que o fórum adequado para deliberar seria o Plenário da
Casa. Então, neste momento em que é inevitável que a circunstância determine
que nós votemos a matéria até com este quorum reduzido neste momento, eu tenho
que fazer estas colocações porque, primeiro, eu não gostaria de votar essa
matéria sob o manto do art. 81, que limita a discussão e limita o
aprofundamento; segundo, porque o seccionamento que estamos fazendo hoje,
votando o Projeto no dia de hoje e as Emendas na 6ª feira, no meu juízo, não é
a melhor técnica, mas, se tratando de uma Casa política, e como na política a
gente busca o possível e não o ideal, é o que é possível ser feito. Tenho,
anexo ao Projeto, um relatório que fiz e não foi considerado, diante do art.
81, em que eu escoímo a matéria, examino todos os lances, todo o seu andamento
dentro e fora deste Legislativo, desde o instante em que ela começou a ser
examinada pelos técnicos do Município e depois, nas suas várias idas e vindas
do Executivo para o Legislativo e vice-versa. No final, sou um dos que proclamam que é um Projeto de Lei
de grande repercussão, importantíssimo e que, naturalmente, marcará um momento
histórico para a vida de Porto Alegre com a instituição desse Código que
normatiza, até de forma extensiva e, em alguns momentos, excessiva, os
regramentos nesse segmento importante da vida e do cotidiano de Porto Alegre.
Vamos votar sim. Acho que o Projeto, ressalvados as Emendas, não
oferece resistência . Lamentavelmente, vamos segmentar a votação, mas é o que
foi possível ser conseguido. Por isso vim à tribuna, para fazer essa ressalva
e, sobretudo, para estabelecer esse marco importante para a vida
político-administrativa da Cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Está com a palavra a Verª.
Clênia Maranhão, para discutir o PLCE nº 28/94.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, platéia que nos acompanhe, técnicos da área da saúde, população de
Porto Alegre que se integra à nossa Câmara nesta tarde acompanhando uma
discussão tão importante para a Cidade de Porto Alegre. Quero restringir a
minha intervenção a uma discussão mais geral do Projeto, tendo em vista que
votaremos as Emendas em separado e que teremos a oportunidade de discutir, ao
longo do processo, o conteúdo de cada uma delas. Queria, inicialmente, resgatar
a importância desta discussão de uma das mais importantes legislações para a
nossa Cidade, e também destacar aqui o papel da nossa Câmara neste professo,
expresso em mais de setenta Emendas acrescidas ao texto original ao longo dos
últimos meses, o que demonstra uma grande preocupação desta Casa com o tema em
discussão. O conteúdo das Emendas reflete a pluralidade de opiniões e de
concepções sobre a saúde e sobre os procedimentos que devem ser tomados em
relação à sua regulamentação. A importância do Código de Saúde é percebida não
somente pelo fato de ser uma Lei de caráter supressivo em relação à legislação
federal e estadual, mas fundamentalmente porque legisla sobre as obrigações das
questões individuais e coletivas, redefinindo alguns conceitos e acrescentando
os instrumentos para a regulamentação, pelo estado, dessa área. A legislação
que rege o Sistema Único de Saúde é a legislação que rege o Sistema Único de
Saúde. Essa é uma premissa que deve ser resgatada, porque o SUS é o reflexo de
uma larga luta da sociedade civil organizada, expressa nas conferências de
saúde, adotada pelas prefeituras e pelos poderes públicos de uma forma bastante
majoritária no Brasil.
Cientes da importância da aprovação desse Código, seria interessante
preservarmos nele os artigos que são afirmativos das legislações federais e estaduais, porque assim o
município terá mais instrumentos efetivos de garantia da ampliação das normas e
do acompanhamento dos serviços dos diversos setores dessa área. Digo, isso,
porque algumas Emendas são afirmativas das legislações existentes, e considero
isso um fato positivo. Essas Emendas devem ser mantidas para que o Código seja
um instrumento com maior força e com melhores condições de acompanhamento,
fiscalização e controle das instituições e, principalmente, da garantia dessa
democratização conquistada na área da saúde- pelo menos sob o ponto de vista
legal - no Brasil, nesses últimos anos.
A votação dessas Emendas deve preservar a discussão original expressa
na VIII Conferência de Saúde. Poderíamos categorizá-las da seguinte forma:
primeiro, com as Emendas que trabalham com as definições dos termos, aquelas
Emendas que aprimoram porque incluem novas responsabilidade e novas
atribuições, e, por outro lado, aquelas Emendas que modificam o caráter
original do texto, que são aquelas que mudam o rumo do processo da
municipalização e, talvez, por um temor da relação estabelecida entre a
iniciativa privada e o estado. Penso que as Emendas que se referem a isso, na
hora em que forem votadas terão que ser analisadas por que a área da saúde é
uma área que atende o cidadão em um momento de muita vulnerabilidade. Portanto,
é fundamental que o estado tenha todos
os instrumentos que possam preservar a saúde, preservar a vida desse cidadão.
O SR. PRESIDENTE: O seu tempo está encerrado,
mas o Ver. João Dib está inscrito e cede o tempo a V.Exª, com a aquiescência do
Ver. Henrique Fontana. V.Exª tem mais 5
minutos.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Agradeço ao Ver. João Dib.
Algumas Emendas se apresentam tentando retirar algumas atribuições do
município, parecendo que com isso estará democratizando a relação entre a
iniciativa privada e o Poder Público. Penso que alguns exemplos brasileiros
como o caso da hemodiálise de Caruaru, a contaminação das águas de algumas
unidades de saúde, as clínicas geriátricas do Rio de Janeiro, enfim, mostram
que nesta área da saúde tem que existir uma definição muito clara do poder do
município, para que possa intervir na defesa do cidadão, considerando a
garantia em caráter complementar da iniciativa privada, mas que seja preservado
esse poder na defesa do cidadão. Ressalto a preocupação nas Emendas que
coloquei, que se referem exclusivamente à área da saúde da mulher e as coloquei
através da criação de uma nova seção, tentando manter a estrutura do texto
original. Há um capítulo que se refere à saúde do trabalhador, outro à saúde da
criança e do adolescente, e na minha avaliação faltava dentro do código um
capítulo que tratasse da questão da saúde, pela própria peculiaridade biológica
feminina, e é uma questão que tem sido trabalhada no Brasil há muito tempo,
através da defesa de uma política especial para a saúde da mulher e tem que ser
contemplada através de ações especiais desde a fase da criança até a terceira
idade. O Ver. João Motta colocou uma Subemenda, que eu acato, onde ele fala a
respeito dos direitos da saúde reprodutiva, que é um conceito atual e que as
mulheres do mundo inteiro têm definido. eu considero que hoje, evidentemente,
vamos poder votar e espero que aprovemos por unanimidade nesta Casa, tendo em
vista sua importância. Com a certeza de que se não conseguirmos votar hoje o
conjunto das Emendas, teremos oportunidade de aprofundar essa discussão para
que as Emendas sejam aprovadas reforçando o conteúdo básico do texto original,
ampliando as áreas de atendimento, fortalecendo o instrumento legal que Porto
Alegre precisa, pata ter como base na sua ação efetiva de luta para garantia da
saúde de todos os cidadãos de Porto Alegre. Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Henrique Fontana está
com a palavra para discutir.
O SR. HENRIQUE FONTANA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, primeiro gostaria de destacar a sensibilidade que imperou neste Plenário quando encontramos, de fato,
uma alternativa que tranqüilize, todos os Vereadores para votar o Código Municipal
de Saúde. Primeiro combinamos que votaremos o Código hoje, que a Lei básica
essencial e as Emendas na sexta-feira. Gostaria ainda, em nome do Governo
Municipal e da Bancada do Partido dos Trabalhadores, de tranqüilizar as demais
Bancadas e demais Vereadores que corretamente colocavam a sua preocupação, Ver.
João Dib, de que essa peça legal, o Código Municipal de Saúde, foi construído
com muito vagar, com muito debate e com muito estudo qualificado do ponto de
vista técnico. Os técnicos que estão envolvidos no cotidiano da Secretaria se
debruçaram sobre cada um desses artigos e sobre sua necessidade. A sociedade
civil debateu bastante este Código Municipal de Saúde e ele foi discutido e
aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde o que, sem dúvida, dá um grau de
segurança muito grande para nós Vereadores sobre a peça básica e sobre o Código
Municipal de Saúde como um todo. É lógico que temos pontos de divergência, que
são expressos em algumas Emendas colocadas, e temos feito esse debate com experientes Vereadores, e vamos debater na
sexta-feira e vamos avaliar cada uma dessas Emendas. O fundamental, reforçando
o que a Verª. Clênia Maranhão colocou, é que essa ferramenta legal, esse Código
Municipal de Saúde, vai permitir que o poder público, junto com a SMS e com a
sociedade, de fato, tornem-me vigilantes das condições de saúde da nossa
população. É preciso que reforcemos esse papel do poder público, nesse caso
específico, é um papel irrecorrível: a população tem que ter absoluta
tranqüilidade de que o poder público está controlado todas as situações que
podem trazer agravos à saúde da população. É disso que trata esse Código, em
todos os seus capítulos, desde a questão da saúde do trabalhador, do controle
das águas. Ou seja: esse diploma legal, essa lei que vamos votar dentro de
poucos minutos, vai garantir uma ferramenta que permitirá ao poder público, de
fato, garantir que a população tenha tranqüilidade de que nenhum agravo à sua
saúde, seja na questão ambiental, na prestação direta de serviços ou em
qualquer outra situação que envolva a vida das pessoas, aconteça.
O Ver. Reginaldo Pujol foi claro ao colocar uma crítica comedida, mas
eu gostaria de reforçar que a Comissão de Saúde desta Casa, eu, como Vereador,
como Líder da Bancada do PT, procuramos discutir com os Vereadores,
intensificar as preocupações, se havia alguma Emenda, alguma questão em dúvida,
etc.
Votamos neste Plenário, há entre sessenta e noventa dias, urgência para
esse Projeto. Tivemos dificuldades, por motivos que não vêm ao caso
recapitular. Só por isso a Comissão de Saúde, num Requerimento assinado pela
Verª. Clênia Maranhão, que é a Presidente da Comissão, abrimos mão dessa
iniciativa de pedir o art. 81 para que esse Projeto fosse votado. Não se
pediu o art. 81 para evitar o debate na
Casa, para evitar o aprofundamento dos estudos entre os Vereadores: ao
contrário, pediu-se o art. 81 ao final de uma longa reflexão e ao final de
muitas conversações com diferentes Vereadores de diferentes Bancadas.
Recordo-me de que o Ver. Pedro Américo Leal, também membro da nossa
Comissão de saúde, dizia há muito mais tempo que já havia condições efetivas
para que se pedisse o art. 81. De fato, houve. Há Emendas, que talvez chegaram
hoje à Casa, é normal, quem vive esta Casa e o seu cotidiano sabe que na reta
final sempre surge muita polêmica e sempre surge Emenda de última hora. Eu
entendo que estamos caminhando, sim, para votação, talvez, da lei mais
importante que esta Casa vai votar nessa Legislatura. Nós podemos votar o
Projeto hoje e as Emendas sexta-feira e tranqüilizar a Cidade de Porto Alegre de que ele terá este diploma legal que
vai qualificar a sua vida e o controle de nossa saúde. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está
com a palavra.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs.Vereadores,
técnicos que acompanham o debate de matéria de tal relevância. Eu até era de
opinião de que deveríamos estabelecer um determinado dia da próxima semana para
decidirmos acerca da presente matéria, porque o Código de Saúde do Município,
em linhas gerais, não apresentei maiores dificuldades, mas existe um conjunto
de Emendas que poderá abrir um amplo debate. Nessa discussão existem duas teses
básicas que vão disputar a melhor compreensão do ponto de vista constitucional.
Se a saúde do trabalhador e o ambiente de trabalho é matéria da exclusiva da
competência da União ou não. então essa é a grande discussão. Conjunto de
Emendas eu não concordo, por entender que a partir da Constituição de 1988 a
saúde, do trabalho, a questão da saúde, a questão ligada ao ambiente de
trabalho, da relação laboral é retirada da CLT e remetida para a área da Secção
da Saúde. Este é o meu entendimento. Não fica mais à exclusividade da União
fazer a fiscalização e a inspeção da saúde, em matéria de saúde do trabalhador
e ambiente de saúde e é remetida essa matéria para a seção que trata da saúde,
até porque o SUS é o instrumento que torna comum a atuação das três esferas de
poder na questão da saúde. E retirar
esse instrumento fundamental e básico,
que é a fiscalização de um Código de Saúde, é torná-lo inócuo sem as
possibilidades de ser atendido às suas magnas finalidades.
Então me parece, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, que aqui se dá grande
debate; exatamente aqui está o grande divisor de águas. E nesse sentido, as Emendas
do Ver. Reginaldo Pujol mantêm o entendimento
que, me parece, está aquém das disposições da Constituição de 88, porque
as suas Emendas retiram do Projeto toda e qualquer investigação, inspeção e
fiscalização, por parte do Município, relativas à saúde do trabalhador e aos
ambientes de trabalho. Não se trata aqui de discutir sobre o Município
intrometer-se na relação de trabalho. Absolutamente. Não é da competência do
Município intrometer-se na relação de trabalho, ou seja, está ou não pagando; é
correto pagar o auxílio, insalubridade, etc. Não é esta a discussão. A
discussão é se pode o Município interferir, pelo processo de fiscalização, de
inspeção, naquelas questões que dizem com o ambiente de trabalho e a saúde do
trabalhador.
Então, já antecipo o meu entendimento contrário às Emendas de V.Exª.,
bem elaboradas, mas que na minha opinião, eu até teria necessidade de tempo.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Paulo Brum se
inscreve e transpõe o seu tempo a V.Exª. com aquiescência do Ver. Raul Carrion,
que é o próximo inscrito. V.Exª. tem mais cinco minutos.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sou grato ao Ver. Paulo
Brum, oportunamente retribuirei.
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, fica aqui esta colocação que deve
centralizar o debate. É aqui que reside a questão.
É aqui que está a grande questão para ser decidida, porque as demais Emendas não diria que são sem importância, evidentemente todas são emendas importantes, elaboradas pelos que as fizeram. Mas a questão central é essa: Competirá ao Município de Porto Alegre, através do Código de Saúde investigar, fiscalizar, interferir na fiscalização dos ambientes de trabalho e na saúde do trabalhador, ou não? Ou vige a Constituição anterior, não a Constituição de 88, que entende que é a matéria exclusiva da União? Penso e já havia dito e adianto o meu posicionamento sobre as Emendas do Ver. Reginaldo Pujol. Entendo que a partir da Constituição de 1988 a questão ligada à saúde é trazida para a Sessão da Constituição, para a parte da Constituição e fica afeto à relação empregatícia, à relação laboral, que é a matéria de competência da União. As questões ligadas à relação empregatícia, os cumprimentos da relação empregatícia, aquilo que disse inicialmente, a insalubridade, periculosidade, coisas dessa ordem, isso não pode, não deve e mesmo que autorizado num Projeto, seria inconstitucional. Não pode o Município investigar, o Município perquirir, Município fiscalizar. Poderá sim, o Município adentrar os ambientes de trabalho e até mesmo inspecionar a saúde do trabalhador para ver se efetivamente estão sendo cumpridas as disposições do Código de Saúde que haveremos de conceber para a Cidade de Porto Alegre. Ficam aqui essas observações, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, reafirmando nosso entendimento de que a partir da Constituição de 88, o Município cresceu em termos de intervir na questão da saúde. Hoje o Município intervém.
Os dispositivos que eu poderia ler aqui são extensos, poderia inclusive
aduzir o art. 23. Vejam o art. 23, II: “É competência comum da União, dos
Estados e do Distrito Federal cuidar da saúde e assistência pública, dar
proteção e garantia às pessoas portadoras de deficiências”. O art. 24, XII diz:
“Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente”.
Previdência social, proteção e defesa da saúde. São tantos os dispositivos
elencados na nova Constituição que nos
deixam a convicção inabalável de que o Município pode e deve fiscalizar
os ambientes de trabalho e a saúde do trabalhador. Nisso, antecipo a contrariedade
às Emendas do Ver. Reginaldo Pujol que as entende diferentemente. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Raul Carrion está com
a palavra.
O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Em primeiro lugar, gostaríamos de dizer do entendimento de Bancada
do PC do B, da importância deste
Projeto, do Código de Saúde Municipal; o nosso apoiamento do seu espírito
global. Através de uma série de destaques e do nosso voto, também nos
manifestaremos, oportunamente, sobre algumas Emendas, no mesmo espírito que o
Ver. Elói Guimarães já expressou aqui. No nosso entendimento, cabe ao poder
público - e especificamente ao poder público municipal - todo um trabalho de
fiscalização e ordenamento. E tomando a Constituição, lembraremos na Secção 2,
“Da Saúde”, o artigo 197: “são de relevância pública as ações e serviços de
saúde”. Fica claro que não diz que é atribuição federal, mas do poder público”:
“Cabendo ao poder público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação,
fiscalização e controle”. E no artigo 200: “especificamente ao Sistema Único de
Saúde - e o Município compõe o SUS - compete, inciso II: executar as ações de
vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador”.
Mas o que nos traz mais especificamente à tribuna é tecer algumas considerações sobre três Emendas de nossa iniciativa; porque, inclusive, através de algumas negociações com o Executivo no dia de hoje fizemos algumas alterações; o que se refletiu em Emendas novas - que na verdade são uma mera alteração das Emendas originais e uma Subemenda. Gostaríamos de chamar atenção: se mantém a Emenda nº 05, onde introduzimos no capítulo 5º “Da Vigilância”, a Secção 3, “Da Saúde da Mulher”, porque entendemos que cabe, especificamente no Código, destacar no Capítulo da Vigilância a questão da mulher. Havíamos também, na Emenda nº 6, acrescentando no capítulo 6 “Da Assistente Social”, uma Secção específica sobre a Atenção à Saúde da Mulher. Ao tomarmos conhecimento da existência da Emenda nº 03 da Verª. Clênia Maranhão, que tratava do mesmo assunto, retiramos a Emenda nº 06 e acrescentamos a Emenda nº 51, onde, neste capítulo, somente acrescentamos os artigos que ainda não estavam contemplados. Nesse sentido, acrescentamos um artigo que coloca no Código que: “ A atenção à saúde da mulher deve ser dada no atendimento de casos de aborto, permitidos pelo Código Penal, nos considerados abortos legais”, resgatando a lei que o Ver. João Motta havia aprovado nesta Casa. Na verdade, reproduzimos o que a Emenda nº 06 já havíamos disposto em julho. No dia de hoje esta Emenda foi retirada e substituída pela Emenda 72 que nada mais é do que uma reprodução da Emenda nº 51, alterando a questão dos Centros de Referência, a pedido do Secretário de saúde do Município, termo que foi substituído por “Unidades de maior complexidade”. Tomamos conhecimento, “a posteriori”, que o Ver. João Motta fez uma subemenda ao artigo da Verª Clênia Maranhão no mesmo sentido.
O SR. PRESIDENTE: Inscreve-se o Ver. Pedro
Américo Leal que cede seu tempo ao Ver. Raul Carrion.
O SR. RAUL CARRION: O Ver. João
Motta coloca um parágrafo único ao artigo 40, na Subemenda 2 à Emenda 3 da
Verª. Clênia Maranhão, que tem o mesmo teor do que nós havíamos colocado na
Emenda 72. A diferença é que aprovado a sua Subemenda, a questão do aborto
ficará reduzida a um parágrafo do artigo 40, da Emenda nº 03 da Verª. Clênia
Maranhão que trata em geral da atenção à saúde da mulher. Então, coloca um
parágrafo. Nós entendemos que, dentro da boa técnica legislativa, cabe um
artigo. Sabemos que o teor é mesmo, mas entendemos que, tecnicamente deveria
ser, um artigo; se não, teríamos feito, oportunamente, uma Subemenda, porque
fizemos isso há muito tempo. Consultamos, inclusive, V.Exª. sobre se acha que
deve manter a Subemenda, que tem o mesmo teor. A nossa preocupação é dar
destaque a esse aspecto, resgatar, no Código, o Projeto apresentado e aprovado
por esta Casa.
O SR. JOÃO MOTTA: V.
Exª. concede um aparte? (Assentimento do
orador.) Ver. Carrion, na verdade a intenção deste Vereador não foi fazer uma contraposição à sua Emenda, mas tornar mais claras a ordem e a seqüência desse item que se refere á saúde da mulher. Fazendo uma leitura das Emendas e das modificações, observei que há uma omissão com relação à questão do Planejamento familiar e à questão da saúde reprodutiva da mulher. Esses são termos e conceitos usuais, atualmente, nesse tipo de discussão e de legislação, inclusive no próprio âmbito do Município de Porto Alegre. No Código Municipal, que tenta ser uma síntese do conjunto dessas leis e conceitos, haveria uma omissão, não fossem incorporados conceitos como esses, que são tratados em leis ordinárias aprovadas no Município. Se pudermos, na seqüência, adequar as sugestões, será o mais correto. Este Vereador não teve a intenção de fazer uma contraposição direta à sua Emenda, que, corretamente, incorporou, no texto, esse tema, previsto em lei: o aborto. Na medida em que as Emendas não serão votadas hoje, nós poderemos dialogar para vermos a melhor forma de tornar mais claras ambas as proposições.
O SR. RAUL CARRION: Considero que a Subemenda do
Ver. João Motta coloca outros aspectos que não foram contemplados, mas,
objetivamente, neste aspecto, irá colidir.
O SR. JOÃO MOTTA: Há outro item, referente à
mortalidade materna, que já tem um artigo específico, de uma Emenda da Verª.
Clênia Maranhão, e nem por isso nós deixamos de citar. Não creio que
prejudique, porque ele apenas enuncia e, depois, com a Emenda que os Senhores
dois Vereadores fizeram, V.Exªs. desdobramos tema, e na verdade é só uma
citação do tema, que depois é desdobrado através das Emendas.
O SR. RAUL CARRION: Talvez seja possível
conciliar, porque as duas Emendas são na necessidade social e teríamos que
estudar. Por último queremos destacar a Subemenda nº 01 à Emenda nº 70 e a
própria Emenda nº 70, onde foi colocado um artigo com o seguinte teor: (Lê o
teor do artigo.) Entendemos que é uma medida necessária porque muitas vezes no
Âmbito do atendimento à saúde é que esses problemas são detectados. Podemos,
então, dessa forma, suprir. A Subemenda é uma mudança onde o termo “Sistema de
Vigilância de Saúde do Município “ é substituído pela “Rede Municipal de
Saúde”, que promoverá programas de assistência médica e odontológica para a
população infantil. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Jocelin Azambuja está
com a palavra.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, nós temos algumas Emendas apresentadas. Em troca de idéias com a
Bancada governista, com a Comissão de Saúde e com o Secretário de Saúde,
conseguimos chegar a um denominador em determinadas Emendas, que buscam
aperfeiçoar o Projeto. Em algumas delas não conseguimos chegar a um
entendimento adequado, como por exemplo a Emenda nº 62, que fala nas multas a
serem aplicadas. Fiz uma modificação no texto original, reduzindo o valor das
multas com base numa avaliação que tem que ser feita de que a multa a ser
aplicada não pode ser pensando-se apenas nas grandes empresas, nos grandes
estabelecimentos. Nós temos que pensar também nos pequenos estabelecimentos.
Claro que o objetivo primordial é que apenas as pessoas não cometem infrações,
que as empresas não cometam infrações. Isso é fundamental. Mas, nós nunca
podemos tirar dessa relação a possibilidade de que muitas vezes acontece de um
próprio funcionário, por uma rixa pessoal com o seu padrão, resolve
prejudicá-lo. Lembro por exemplo, nas padarias, nas indústrias de massas , em
que muitas vezes, se acha um determinado objeto misturado ao pão. Na maioria
das vezes, são funcionários insatisfeitos com o patrão que fazem aquilo
propositalmente para prejudicar as empresas. Outro exemplo, as farmácias, que,
na grande maioria, são pequenos proprietários: multas grandes seriam quase que
grande parte da lucratividade que essa farmácia teria naquele mês, por um erro
que muitas vezes poderia nem ser do farmacêutico. Em outras situações, multas
médias de cinco mil, que seria em torno de quatro mil e poucos reais, poderiam
prejudicar totalmente aquele proprietário que lá está trabalhando. Por isso é
que na Emenda 62 nós reduzimos os valores das multas, não esquecendo nunca que
na reincidência os valores se multiplicam, então, é evidente que eles vão
crescendo.
Parece-me que a intenção foi de procurar coibir, logicamente ações
negativas, mas que não podemos tirar essa outra realidade que temos. No art. 21
tínhamos previsto a sua retirada - nós fizemos uma segunda Emenda não retirando
o artigo, mas fizemos a retirada da nossa Emenda supressiva e apresentamos uma
outra, que se não me engano recebeu o número 71, que retira parte do texto
eliminando a obrigatoriedade de constar nos anúncios de publicidade o nome do
representante.
O SR. PRESIDENTE: A Verª. Letícia Arruda se
inscreve e cede o seu tempo a V.Exª.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA: Gostaria de colocar aos Srs.
Vereadores que o art. 21 diz: “... em todas as placas indicativas e anúncios
deverá constar em destaque o nome do profissional responsável e o número da
inscrição”, então, nós suprimos a expressão “ o nome do profissional
responsável”, porque isso é semelhante a uma situação que deveriam constar em
todos os anúncios o nome e o número do registro dos arquitetos. Muitas vezes, o
anúncio de uma venda de um imóvel ou de uma publicidade qualquer são duas ou
três linhas nos classificados. Ora, colocando todo o nome do cidadão - e tem
cidadãos que têm o nome bem comprido - mais o seu registro de classe, muitas
vezes absorve 30%, 50% do anúncio. Então, a idéia foi justamente suprimir o
nome do profissional e colocar só o registro. Por exemplo, dos corretores de
imóveis é colocado somente o número do CRECI e nada mais. Não há necessidade de
colocação de outros elementos naquela publicidade. Os artigos que nós teríamos
a modificar são esses, os demais já encontramos formas de conciliação e acho
que teremos que fazer uma análise bem profunda nesse período que teremos até
sexta-feira nas demais Emendas para podermos avaliar de forma plena e correta
na votação de Projetos tão significativos e importantes. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão.
Em votação o Projeto, com ressalva das Emendas. (Pausa.) A votação será
nominal.(Após a chamada.) APROVADO
por 24 votos SIM e com declaração de
Voto do Ver. Antonio Hohlfeldt, que diz o seguinte:
“Lamento o açodamento com que o Projeto está sendo votado, sem o pleno
conhecimento do Plenário dos detalhes da matéria”.
Queremos solicitar aos Srs. Vereadores que levem consigo todo o
material para evitar o desperdício do dinheiro público. Não vamos mais fornecer
cópias para os Srs. Vereadores.
Visivelmente não há quorum.
Estão encerrados os trabalhos.
(Encerra-se a Sessão às 17h57min.)
*****